“O país precisa de concertação e diálogo, o país precisa de compromisso e de união, …
José Sócrates apelou hoje ao espírito de concertação, de compromisso, de diálogo e de unidade nacional, considerando um “bom exemplo” o protocolo hoje celebrado entre o Estado e as instituições de solidariedade social.
José Sócrates falava no Centro Cultural de Belém, depois de ter presidido à assinatura do protocolo anual entre o Estado e a União das Mutualidades, a União das Misericórdias e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.
Segundo dados avançados na cerimónia pela ministra do Trabalho e da Solidariedade, Helena André, apesar das negociações com estas instituições “não terem sido fáceis”, haverá em 2011 um aumento de dois por cento nas verbas a transferir pelo Estado.
Para o primeiro-ministro, esta “foi a semana do diálogo social e da concertação em Portugal”.
“O acordo que agora assinamos na área social é também claramente o sinal de que o país quer fazer um esforço de concertação e de diálogo que permita que as políticas de solidariedade no próximo ano sejam melhores. O país precisa de concertação e diálogo, o país precisa de compromisso e de união, precisa de fazer um esforço nacional”, frisou o líder do executivo.
Depois, José Sócrates procurou vincar a ideia de que desde que é primeiro-ministro houve um progressivo esforço de investimento do Estado ao nível da solidariedade social, apresentando número sobre a realidade de 2005 e a atual.
“Isto tem evoluído muito bem. Se nos compararmos com 2005, está área mudou muito. Em 2005, o Estado gastava 17,5 por cento da sua riqueza com as prestações sociais, mas em 2011 vamos investir 21,5 por cento”, sustentou.
José Sócrates disse ainda, que o Estado social português atingiu um “nível de maturidade” mesmo em termos de padrões europeus, já que serão investidos mais 6000 milhões de euros em proteção social do que em 2005.
“Estes últimos anos foram de grande ambição do Estado social, em particular no esforço de investimento em equipamentos sociais”, caso das creches e das unidades de cuidados continuados, afirmou.
Sócrates considerou neste contexto que o protocolo que agora o Estado assinou “dará sustentabilidade às políticas sociais que estão a ser desenvolvidas”.
“Em 2011, terminaremos os nossos objetivos na construção de creches e as obras de equipamentos para idosos também estarão concluídas”, acrescentou.