O mistério dos partidos compósitos
A discussão da proposta de Orçamento do Estado reserva sempre algumas surpresas. Não será a menos despicienda que os portugueses tenham finalmente percebido a razão da sigla dos partidos da direita ser compósita.
O que o PPD diz, o PSD desdiz. O que CDS afirma, o PP contraria. “Este é o nosso programa” e o “queremos ir além da troica” e agora a “social-democracia sempre!”. O partido do contribuinte e do reformado, hoje envergonhado. Lugar para tudo e o seu contrário.
Estão assim explicados quatro anos e meio de governação da direita e a desorientação que grassa hoje pelas bancadas parlamentares de quem ontem era outra coisa. Qualquer coincidência com a realidade é mera ficção. Ou melhor dizendo, qualquer ficção supera em muito a realidade.