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O grande apoio aos profissionais de saúde tem sido o reforço do SNS

O grande apoio aos profissionais de saúde tem sido o reforço do SNS

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje no Parlamento que o “grande apoio que tem sido dado aos profissionais de saúde” tem sido mesmo o seu “reforço”, o que pode ser demonstrado, como aludiu, pelo aumento do número de médicos e profissionais do setor, mensurável entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021.
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“Fazendo a comparação de janeiro a janeiro, verifica-se aquilo que nós dissemos. Em janeiro deste ano temos muito mais profissionais de saúde do tínhamos o ano passado, temos muito mais médicos em janeiro do que tínhamos no ano passado”, disse António Costa, citando os dados oficiais, no debate parlamentar com Governo sobre política geral, que decorreu na Assembleia da República.

Dirigindo-se à bancada parlamentar do BE, o líder do Governo lembrou que este é o período que permite apurar, sem margem para dúvidas, a evolução do número de profissionais no SNS, adiantando, depois, outra “boa notícia”, revelando que a ministra da Saúde já mandou processar o subsídio de risco devido aos profissionais de saúde.

Num debate marcado, entre outros temas, pela resposta à pandemia de Covid-19, António Costa reiterou a linha que tem orientado as medidas do Governo, “adotando as medidas estritamente necessárias para enfrentar a pandemia, mas que perturbem o menos possível a vida em sociedade”.

“É por isso que temos uma estratégia preventiva, assente na massificação da testagem e na massificação da capacidade de rastreamento dos contactos, de forma a quebrar as cadeias de transmissão”, afirmou, acrescentando que é também nesta equação que entra o programa de vacinação, que, como lembrou, é um “programa longo”.

“Convém não esquecer que, desde o início, mesmo sem nenhum atraso na produção, (o programa de vacinação) só estaria concluído no final do primeiro trimestre do próximo ano”, recordou António Costa, garantindo, ainda assim, que o objetivo traçado pelo executivo de, até final do verão, “termos 70% da população adulta vacinada no país”, mantém-se inalterado.

Em resposta à interpelação do PCP, sobre capacidade de produção de vacinas, o primeiro-ministro afirmou que o Governo, no contexto da estratégia conjunta da União Europeia, tem encorajado as empresas produtoras a submeterem as suas vacinas à agência europeia do medicamento, “para serem objeto de apreciação e eventual licenciamento”, dando o exemplo de uma das vacinas, produzida por uma empresa russa, que “está, aliás, já na primeira fase desse processo”.

Sublinhando que, “infelizmente, o problema não está nas patentes”, onde existem instrumentos legais para intervir, mas sim “na capacidade de produção”, António Costa esclareceu, também, “que não há em Portugal, neste momento, capacidade de produção de nenhuma destas vacinas”, matéria sobre a qual deixou em aberto o desafio de se refletir no futuro.

Sobre os critérios seguidos para o calendário do plano de desconfinamento, questão suscitada pelo CDS-PP, António Costa sublinhou que o Governo sustentou a sua decisão com base numa avaliação de risco para cada atividade, solicitada aos especialistas e apresentada publicamente a todos os partidos, assumindo, em função dessa matriz, uma decisão ponderada e equilibrada, “para permitir a cada quinzena avaliar o impacto das decisões, em função de dois critérios: a incidência de novos casos (por 100 mil habitantes a 14 dias) e ritmo da transmissibilidade”.

“A ideia que temos de ter presente, é que a única garantia de sucesso no combate a esta pandemia é o que cada um de nós pode controlar. Quanto ao demais, é a dinâmica social que se gera. O que apelo a todos é ao respeito escrupuloso das regras e sobretudo das normas de proteção individual”, reiterou.