O Governo nem sequer é competente para aproveitar as propostas do PS
O secretário-geral do PS, António José Seguro, insistiu hoje na ideia do Estado poder entrar no capital de empresas viáveis, negando que esta medida, justificada pela crise, seja uma nacionalização e custe dinheiro ao país.
O Líder Socialista acusou governo de não ser “sequer competente para aproveitar as propostas do PS” em resposta a noticia que O Governo estudou as propostas apresentadas no último congresso do PS e onde chegou à conclusão que esta medida podia custar ao Estado 6,3 mil milhões de euros.
Mas António José Seguro garantiu que com esta solução o Estado consegue “salvar as empresas e não mete lá um cêntimo”, viabilizando a empresa e os respetivos postos de trabalho.
“Em vez do Governo deixar que empresas viáveis vão à falência, eu proponho, por iniciativa dos empresários, que os créditos do Estado numa empresa sejam transformados em capital social. Estou a falar de empresas com saúde, que passam por momentos difíceis”, sublinhou o líder do PS.
António José Seguro sugeriu mais três propostas ao atual Governo que “não é amigo da economia e não é amigo das empresas”.
Uma delas prevê a criação de uma conta-corrente entre o Estado e as empresas, de forma a evitar que “o Estado se financie à conta dos empresários”.
Outra, num momento de “dificuldades e de acesso ao crédito”, defende benefícios fiscais para os acionistas que injetem dinheiro nas empresas.
A terceira proposta do secretário-geral do PS na área da economia recai sobre a taxação dos lucros. “Se o lucro não for para distribuir dividendos, mas sim para reinvestir, então deverá existir um benefício fiscal”, defendeu.
António José Seguro frisou que estas são algumas das medidas que o Governo deveria adotar, “sem gastar dinheiro” de forma a promover uma agenda de crescimento económico e a defesa dos postos de trabalho.
“Só neste últimos dois anos deste Governo, Portugal perdeu 458 mil postos de trabalho”, destacou o líder socialista, reiterando a constatação de que “a cada dia que passa o país está a ficar mais pobre, com menos empresas, menos economia e menos empregos”.
Os trabalhadores, as empresas e Portugal precisam de Um Novo Rumo para sair desta crise.