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O Governo mereceu a censura do povo e também merece a censura do PS

O Governo mereceu a censura do povo e também merece a censura do PS

Partido Socialista salienta que no passado domingo aconteceu a maior censura eleitoral feita a um governo de direita em Portugal.

José Junqueiro, vice-presidente da bancada do PS, reiterou no debate da moção de censura ao Governo o “total desacordo” dos socialistas relativamente a alguns conteúdos, mas sublinhou que o grupo parlamentar votará “o que tem de votar”. Logo na primeira intervenção, José Junqueiro esclareceu o repúdio do PS pelos conteúdos da moção relacionados com a questão das nacionalizações, saída do euro e incumprimento da dívida, “porque nós somos a favor do cumprimento das nossa obrigações e do rigor orçamental”, disse. O vice-presidente da bancada do PS fez ainda alusão à “profunda derrota eleitoral” da coligação PSD/CDS-PP nas eleições europeias de domingo, sublinhando que a perda de meio milhão de votos tem razões e que ao Governo focaria bem “reconhecer que a profunda derrota eleitoral sofrida tem as suas razões. Quem perde meio milhão de votos, não é por um motivo qualquer, é por razões devidamente fundamentadas”. Este governo tem alienado os ativos estratégicos indispensáveis ao país, sem que isso traga contrapartidas de  melhoria da situação nacional.

Alberto Martins, presidente do Grupo Parlamentar socialista, afirmou no debate que a maior derrota eleitoral de sempre dos partidos de direita aconteceu por razões óbvias. O país está pior, mais desigual, mais endividado. “Este Governo tem vindo a fragilizar a sua legitimidade democrática”, disse Alberto Martins, e “há muito que tem posto em causa da legitimação constitucional com sucessivas violações da Constituição”.