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"O Governo fez um acordo para defender os interesses de Portugal"

"O Governo fez um acordo para defender os interesses de Portugal"

O secretário-geral do Partido Socialista disse hoje que esperava “grandeza na política portuguesa” para se reconhecer que o memorando de entendimento entre o Governo e a ‘troika’ é um “bom acordo”.

 

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“A pergunta que tenho no espírito durante todo este dia é que depois de termos fechado esse acordo, eu pergunto-me se não há na política portuguesa a grandeza para reconhecer apenas este facto elementar: é que o Governo fez um bom acordo para o nosso país”, afirmou José Sócrates, em Monte Real, Leiria, num jantar da Geração Activa, que reuniu cerca de 400 pessoas.

 

O secretário-geral salientou que “o Governo fez um acordo para defender os interesses de Portugal”, mas disse compreender “o grande incómodo de muita gente” face à sua obtenção.

 

“Eu compreendo as dificuldades daqueles que, tendo chumbado o PEC, aberto uma crise política, obrigado o país a pedir ajuda internacional, (…), agora têm que aceitar um programa de ajuda internacional cuja base essencial é o PEC que recusaram”, declarou José Sócrates.

 

O responsável repetiu que “gostaria que houvesse grandeza na política portuguesa para se perceber” que a negociação feita com a ‘troika’ “não tem a ver nem com partidos políticos, nem com carreiras políticas”, mas apenas com “os superiores interesses” do país.

 

O líder do PS acrescentou que “este é o momento para todos” tomarem consciência de que “este acordo pode ser o ponto de partida para a recuperação que o país precisa”, mas também para aqueles que “puseram em causa o PEC, que abriram a crise política, que empurraram o país para um pedido de ajuda internacional, se não deviam perguntar a eles próprios se não deviam ter poupado o país a tudo isto”.

 

“Este é o momento para as lideranças políticas fazerem aquilo que é a sua obrigação, puxarem pelas energias do país, pela confiança dos portugueses, pela confiança no nosso próprio país”, declarou, convicto de que o Portugal vai “vencer esta crise”.

 

Para José Sócrates “basta de negativismo, basta de catastrofismo, basta de maledicência” que “conduzem à paralisia, à descrença”.

 

O secretário-geral do PS considerou, ainda, que “o dever das lideranças” é aproveitar esta campanha para propor os caminhos e o rumo para o país, acrescentando que os do PS vão “pôr as contas públicas em ordem, cumprir o acordo e fazê-lo o mais rapidamente possível”, mantendo a agenda de modernização do país em áreas como a economia, a educação, as energias renováveis ou a saúde.