“Nós não vamos permitir que a Europa recue. Nós não vamos permitir que Portugal recue e não aceitaremos uma agenda de retrocessos, onde quer que ela seja”, afirmou, categórica, a cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu, na intervenção muito aplaudida que realizou durante o jantar pela Liberdade, que no sábado passado uniu centenas de militantes e simpatizantes “em torno de causas que fazem a Europa e Portugal avançar”.
Na ocasião, a candidata socialista deixou claro que o projeto do PS é de reforço do modelo social europeu e de “defesa da voz dos mais frágeis”, em favor das conquistas civilizacionais que nos permitem hoje, meio século após o 25 de Abril, viver em democracia e em liberdade.
“Vamos defender uma agenda de avanços e de compromisso com uma vida melhor para todas e para todos”, afirmou Marta Temido, lembrando que “a Europa não é um lugar distante”, mas sim uma identidade e uma pertença vividas no quotidiano dos seus 27 Estados-membros.
Neste ponto, apontou que nas eleições de 9 de junho próximo, “somos nós e o nosso futuro que estarão em jogo” nas urnas.
Lembrou de seguida que o PS teve sempre “um papel muito importante na definição das melhores políticas europeias”, fiéis à visão de um projeto comum de solidariedade, prosperidade partilhadas e paz, para de seguida sublinhar a importância de reforçar a voz ativa dos socialistas e da família política europeia que integram no Parlamento Europeu.
E neste sentido, afiançou Marta Temido, os eurodeputados socialistas que resultarem eleitos para representar Portugal em Bruxelas “irão bater-se pelo mais emprego com melhores salários, pelo combate à pobreza, sobretudo infantil, pelo futuro dos jovens e pelos direitos sociais, particularmente os de saúde sexual e reprodutiva”, não admitindo qualquer retrocesso em matéria de direitos das mulheres.
“Nós não aceitamos que se ponha em causa aquilo que é uma conquista até de saúde pública”, avisou, reiterando que os socialistas “não estamos disponíveis para andar para atrás nem correr riscos”.
Numa breve alusão à oposição que a direita tem feito, também desde Bruxelas, à inclusão do acesso ao aborto na Carta de Direitos Fundamentais da UE, Marta Temido insistiu, sem hesitação, em deixar claramente expresso que os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres são “absolutamente inegociáveis”.
“O futuro de Portugal na Europa é mais progresso e nunca o retrocesso”, rematou.
Espinho e Setúbal
O Futuro na Europa passou também, no sábado, por Espinho, onde o número dois da lista socialista ao Parlamento Europeu, Francisco Assis, acompanhado por Bruno Gonçalves e Joana Sá Pereira, visitou a Arte Xávega e contactou com a comunidade piscatória, participando depois na iniciativa Quizz Europa, no Parque João de Deus, junto ao edifício da Câmara Municipal.
Já no domingo, foi a vez da candidata Ana Catarina Mendes, terceira da lista ao Parlamento Europeu, marcar presença no distrito de Setúbal, onde participou no debate “A Voz na União Europeia”, promovido pela JS de Sesimbra, visitando ainda o tradicional Mercado Caramelo, no Pinhal Novo.