O discurso de José Sócrates caracterizou-se pelo seu “realismo”

O PS considerou hoje que José Sócrates fez na sua tradicional mensagem de Natal, transmitida sábado, um exercício “substantivo” de acção política ao identificar os caminhos do país e ao apelar à mobilização dos portugueses.

A posição da direcção dos socialistas foi transmitida à agência Lusa pelo porta-voz deste partido, Fernando Medina. “Tratou-se de um exercício substantivo de acção política, identificando os caminhos para fazer face à actual situação do país”, considerou.
Segundo o porta-voz do PS, o discurso de José Sócrates caracterizou-se pelo seu “realismo e, em simultâneo, ficou marcado pelo apelo que fez à mobilização dos portugueses”.
“Realismo, em primeiro lugar, porque o primeiro-ministro salientou que Portugal, assim como os restantes países europeus, enfrenta uma situação complexa; um discurso de mobilização, em segundo lugar, porque apresentou com clareza os caminhos que devemos colectivamente trilhar”, sustentou o secretário de Estado.
Para o porta-voz do PS, no sábado, José Sócrates foi “claro ao atribuir a prioridade à consolidação das contas públicas – um objectivo essencial para se assegurar o financiamento da economia portuguesa e assim as condições para o investimento e o emprego”.
“Por outro lado, o primeiro-ministro também salientou que Portugal tem uma agenda orientada para o crescimento, para o emprego e que está centrada nas exportações e na competitividade económica, através da redução da burocracia, dos investimentos na reabilitação urbana e no combate à economia paralela”, disse.
Ainda de acordo com o dirigente socialista, na mensagem de José Sócrates também ficou patente que “vão prosseguir as reformas nos domínios estruturais: os recursos humanos, na ciência e na tecnologia”.
“Portugal está numa fase em que se exige trabalho de conjunto e, daí, a importância dos resultados já obtidos no diálogo com os parceiros sociais. Queremos que todas as forças sociais do país se mobilizem em torno desta agenda de competitividade, de crescimento e de emprego”, acrescentou Fernando Medina.