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“O diálogo é um valor essencial na democracia”

“O diálogo é um valor essencial na democracia”

António José Seguro sublinhou a importância do diálogo entre os partidos fora do Parlamento, já que o país “vive uma situação de emergência dos pontos de vista económico e social”.

Fazendo uma síntese do encontro com a liderança do PCP, o secretário-geral do PS concluiu que houve “uma grande convergência quanto às preocupações sociais”, mas observou que na questão europeia registaram-se “naturalmente posicionamentos diferentes”.

“Em algumas matérias há convergência, em outras há divergência, mas isso é resultante do facto de existirem partidos com autonomia estratégica”, defendeu.

“Consideramos muito positivo o diálogo entre os partidos fora da Assembleia da República, porque o diálogo é um valor essencial na democracia”, defendeu.

Para António José Seguro, na atual conjuntura do país, “o que é importante é que o diálogo faça aproximar posições e, sobretudo, faça com que os partidos tenham a capacidade de perceber que Portugal vive uma situação de emergência dos pontos de vista económico e social”.

“Se há espaço para afirmar as divergências, também deve haver espaço para afirmar as convergências”, disse.

O líder do PS revelou, ainda, que a reunião abordou “o grave problema do desemprego, a primeira razão que motivou o encontro com os partidos políticos”.

“Partimos para estas reuniões sem ter preocupações quanto às suas conclusões. Não haverá conclusões desta reunião, nem das outras que se vão seguir. Estamos perante o início de um processo que o PS considera muito relevante e positivo, que é o diálogo entre os partidos em Portugal. Era o que mais faltava que o diálogo entre os partidos fosse visto como algo de excecional e dramático. Pelo contrário, deve ser algo de inerente ao exercício partidário na vida democrática do país”, sustentou.

António José Seguro sublinhou a situação “excecional do país” para sustentar a importância de as forças políticas se encontrarem “e olhos nos olhos falarem sobre os temas que mais preocupam os portugueses”.

“O diálogo entre os partidos políticos não pode ser pré-eleitoral ou pós-eleitoral, nem pode obedecer a qualquer jogo partidário. O diálogo deve obedecer à resolução dos problemas concretos dos portugueses, com particular destaque para o desemprego”, asseverou.

Acentuou, depois, a sua convicção que “os portugueses apreciarão que os partidos, numa fase difícil do país, sejam capazes de somar no sentido de minorar as dificuldades e, particularmente, combater o desemprego”.