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“O dever dos partidos mais responsáveis do centro político é o de se entenderem para …

“O dever dos partidos mais responsáveis do centro político é o de se entenderem para …

O ministro da Presidência do Conselho de Ministros afirmou hoje que o PSD recusou negociar previamente a viabilização do Orçamento do Estado para 2011.

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O governo convidou o líder do PSD para negociar previamente o Orçamento sem condições e obteve resposta negativa do principal partido da oposição.
“Pedro Passos Coelho respondeu ao convite do governo, dizendo que o PSD recusa qualquer negociação prévia com o objetivo de garantir a viabilização do Orçamento para 2011», lamentou o ministro Pedro Silva Pereira no final do Conselho de Ministros.
“Pode ser porventura a solução mais conveniente para os interesses partidários do PSD mas não é certamente a atitude que os portugueses esperam nem é a posição mais responsável ao serviço do País”, acrescentou o ministro.
O chefe de governo “mostrou disponibilidade para negociar com o PSD e para se aproximar das posições de partida do PSD, sem comprometer os objetivos fixados no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC)”.
No entanto, prosseguiu, “esta manhã, numa segunda reunião com o primeiro ministro, o doutor Pedro Passos Coelho respondeu ao convite do governo dizendo que o PSD recusa qualquer negociação prévia com o objetivo de garantir a viabilização do Orçamento para 2011”.
“O governo quer lamentar profundamente esta decisão. Recusar o diálogo sobre um orçamento tão importante, num momento tão decisivo para o país pode ser porventura a solução mais conveniente para os interesses partidários do PSD, mas não é certamente a atitude que os portugueses esperam, nem é a posição mais responsável ao serviço do país”, disse.
No momento actual, acentuou, a responsabilidade de todos deve ser “contribuir para o reforço da confiança”, tendo o governo feito “a sua parte”.
Pedro Silva Pereira afirmou, por isso, esperar que “o bom senso prevaleça na Assembleia da República” e que o PSD, que “viabilizou a estratégia orçamental inscrita no PEC saiba estar à altura das suas responsabilidades” no momento de votar as contas do Estado para o próximo ano.
Transferindo o ónus do insucesso das negociações para o PSD, o ministro da Presidência reforçou que as negociações em torno do Orçamento do Estado para 2011 “não existiram porque o PSD não manifestou vontade que existissem negociações prévias”.
“Vemos isso como uma decisão preocupante e muito lamentável. Tudo aquilo que o país não precisa é de uma linguagem de ameaça, de chantagem ou de ultimatos ou que se fomente a ideia que podemos nem sequer ter o Orçamento do Estado para 2011 que é o primeiro orçamento de execução do PEC com que estamos comprometidos até 2013”, declarou.
Pedro Silva Pereira notou ainda que a atitude do PSD “contraria o apelo que por toda a parte no país se tem feito”, apontando a propósito o Presidente da República, ex-Chefes de Estado e “ todos os observadores da situação económica”.
“Todos compreendem que este Orçamento é importante e que o dever dos partidos mais responsáveis do centro político é o de se entenderem para viabilizar este orçamento. E o governo cumpriu a sua obrigação e esteve à altura do seu dever ao tomar a iniciativa para uma negociação prévia”, afirmou.