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O dever da nossa geração é sermos capazes de dar força à UE que garantiu 60 anos de paz e prosperidade

O dever da nossa geração é sermos capazes de dar força à UE que garantiu 60 anos de paz e prosperidade

O secretário-geral do PS defendeu hoje, em Berlim, que para fazer face ao “atual quadro de incerteza a nível global, com constantes desafios à paz entre os povos e com o emergir de movimentos e derivas nacionalistas e populistas”, é necessário o “reforço do multilateralismo nas relações internacionais” no quadro das Nações Unidas, e termos uma “União Europeia forte e mobilizada”.

No discurso proferido esta manhã durante os trabalhos da Conferência da Aliança Progressista, António Costa defendeu a necessidade da “defesa dos valores e princípios da liberdade, da igualdade e da promoção da justiça social; a defesa da universalidade dos direitos humanos, a prática do direito internacional e da solução política pacífica dos conflitos, o respeito pela dignidade da pessoa humana, o pluralismo político e religioso, a cultura da tolerância” para que seja possível um reforço da Paz.

Mais referiu que, num contexto em que “as alterações climáticas são o maior desafio à sobrevivência da humanidade”, e perante o actual cenário político mundial, a UE tem de assumir e “liderar o esforço global para atingir os objetivos do acordo de Paris”.

Falando num painel de líderes políticos subordinado ao tema “Sem paz, tudo é nada”, o secretário-geral do PS defendeu ainda que uma União Europeia “unida, forte e mobilizada”, que assuma este papel de “ator global”, é também condição essencial para a estabilidade, sobretudo quando o próprio continente europeu se depara na sua vizinhança com focos de conflito a leste ou a sul, que constituem “ameaças à (sua) segurança”.

“Não podemos capitular, temos de reforçar a nossa capacidade de defesa e segurança, no quadro da NATO, fortalecendo tanto mais o seu pilar europeu quanto o risco de isolacionismo pode aumentar nos EUA. Os nossos cidadãos temem a ameaça terrorista e destruição do nosso modo de vida”, vincou o líder dos socialistas portugueses.

Para António Costa, por isso, “só com maior cooperação policial, judicial e entre serviços de informação se poderá ser eficaz no combate a terrorismo”.

“Só em comum podemos afirmar os valores da tolerância, da laicidade, do diálogo intercultural, da integração que previnam a radicalização”, concluiu.

Noutro ponto da sua intervenção António Costa discorreu sobre o futuro da União Europeia, ponto em que voltou a defender o aprofundamento da União Económica e Monetária (UEM).

Segundo António Costa, é necessário que a União Europeia avance “assente em bases sólidas e num movimento mobilizador dos cidadãos”.

“Por isso, é preciso concluir a UEM, estabilizar o euro, retomar a convergência, o crescimento, o emprego”, defendeu o líder socialista.

Conheça AQUI a intervenção na integra

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