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“O compromisso do Partido Socialista é com os portugueses”

“O compromisso do Partido Socialista é com os portugueses”

Pedro Nuno Santos avisou no sábado, em Coimbra, que o PS não abdicará do programa e da visão que tem para o país e defenderá os portugueses, no Parlamento, contra as medidas lesivas que a direita pretenda manter no Orçamento do Estado para 2025.

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Ao discursar, sábado, na Comissão Nacional do partido, o Secretário-Geral explicou que o PS está focado no exercício de uma oposição séria e “nas boas políticas para ajudar a melhorar a vida dos portugueses”, assinalando, deste modo, que “só isso estará na base da decisão do partido” relativamente à votação do próximo Orçamento.

Ao assinalar a importância de manter um clima de estabilidade política em Portugal, o líder socialista salientou que o PS tem estado disponível para “dar uma oportunidade a quem quer continuar a governar e para garantir condições para a viabilização do orçamento e, dessa forma, evitarmos eleições antecipadas”.

Mas essa disponibilidade, ressalvou, “não é a qualquer preço”, até porque, ressalvou, ela não deve ser entendida como uma capitulação de princípios.

“Não significa que o Partido Socialista abdique daquele que é o seu programa e da visão que tem para o país”, disse, lembrando que, como dissera em diversas ocasiões, a proposta orçamental do executivo chefiado por Luís Montenegro “é a tradução financeira de uma determinada política para o país e de uma política para muitas áreas, para todas as áreas da governação”.

Neste ponto, Pedro Nuno Santos fez questão de reiterar a total e frontal oposição do PS face a medidas socialmente erradas e injustas, como IRS Jovem e o IRC.

Afirmou então que, se bem é importante evitar eleições antecipadas, “é ainda mais importante garantirmos que não são adotadas medidas que são penalizadoras de forma permanente para os portugueses”.

Deixou, depois, um aviso claro: “Nós nunca iremos permitir que seja aprovado um orçamento que tenha medidas que são lesivas para os portugueses, para os serviços públicos, para a coesão social”.

Melhorar um orçamento que nunca será o do PS

Rejeitando que o PS ambicione ser “responsável por 50% do orçamento”, o Secretário-Geral assumiu, porém, a intenção de “ver introduzidas, algumas, poucas, propostas socialistas que possam melhorar o orçamento de Estado”.

“Nunca será um Orçamento do Estado do PS”, atirou Pedro Nuno Santos, afastando a possibilidade de os socialistas se comprometerem com um documento do qual discordem “na sua globalidade”, mas sem se colocarem de fora.

Lamentou, então, que não tenha havido até agora da parte do governo da AD uma verdadeira mudança de estratégia, alertando novamente para a impossibilidade de o PS vir a viabilizar “um orçamento do Estado que espelhe exclusivamente ou quase na totalidade o programa eleitoral” da direita com o qual “os socialistas discordam e combateram durante a campanha”.

“O compromisso do Partido Socialista é com os portugueses, não é com o PSD. O nosso compromisso não é para com nenhum cálculo eleitoral”, garantiu.

Falta de seriedade do Governo na saúde, educação e combustíveis

Na reunião da Comissão Nacional, o líder do PS denunciou o que classificou como “falta de seriedade” do Governo na gestão de diferentes dossiês.

E apontou que o executivo de Luís Montenegro está a preparar-se para eleições antecipadas, persistindo na estratégia de tentar enganar os portugueses.

“Para além da distância política e ideológica, é a forma como o governo do PSD tem lidado com o governo anterior, com o Parlamento, mas sobretudo como tem lidado com os portugueses: falta de transparência e a venda de ilusões permanentes, tentando criar e construir uma realidade que não corresponde à verdade que nós todos vivemos”, denunciou, condenando a falta de seriedade do executivo em temas como o preço dos combustíveis, as listas de espera de oncologia ou os números dos alunos sem professores.

Neste particular, criticou “os três agravamentos fiscais no preço de combustível, feitos à sexta ao domingo, sem comunicação prévia, sem explicação ao país, pela calada”, indicando que tais agravamentos “estão a ser feitos ao mesmo tempo que há um alívio no IRS”.

Estranhou por isso que a restante direita não venha agora explicar ao país, como o fez no passado, “como é dar com uma mão e tirar com duas”.

Sobre a falta de seriedade na saúde, Pedro Nuno Santos lamentou que a atual tutela tenha tentado escamotear o agravamento dos problemas do setor com o anúncio sobre a lista de espera para cirurgia de oncologia.

“Os pacientes deixaram de estar na lista, mas continuavam à espera”, sinalizou, contestando a ainda a recente artimanha ensaiada pelo Ministério da Educação, que procurou inflacionar números de alunos sem professor para mais tarde reclamar sucesso num setor em que este governo só tem priorado situação.

“Não vale tudo na política”, rematou Pedro Nuno Santos.

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