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“O aumento de alunos no Ensino Superior representa a morte do modelo da direita”

“O aumento de alunos no Ensino Superior representa a morte do modelo da direita”

António Costa esteve hoje em Braga, Capital Ibero-Americana da Juventude a encerrar a Conferência “Jovens & Politic@s”, organizada pela Juventude Socialista, onde teve a oportunidade de fazer um resumo da atividade governativa e lançar as bases para o futuro

O Secretário-geral do Partido Socialista começou por salientar que “temos orgulho em dizer que cumprimos o que prometemos” enumerando depois alguns dos objetivos já alcançados pela ação do governo, como a reposição das prestações sociais para os mais necessitados, a reposição salarial, a eliminação da sobretaxa ou o aumento do Salário Mínimo Nacional para 600€ até ao final da legislatura.

António Costa e João Torres

“Cumprimos também ao devolvermos a normalidade ao país” prosseguiu o primeiro-ministro, “com a normalização do funcionamento das instituições. Este foi o primeiro ano em que não houve nenhum conflito institucional quer do governo quer da Assembleia da República.”

A ação governativa, realçou António Costa, também passou pela resolução de problemas que já vinham do passado. Este governo conseguiu ultrapassar o bloqueio existente nos fundos comunitários e neste momento quer os municípios quer as empresas já conseguem aceder a fundos comunitários.

Os problemas com o Sistema Financeiro foi outras das áreas em que este governo teve de atuar e conseguiu fazê-lo cumprindo com o prometido: a Caixa Geral de Depósitos vai ter os seus problemas resolvidos mantendo-se totalmente pública.

“Podemos chegar a este novo ciclo político e dizer que, ao contrário das ameaças que a direita foi fazendo, estamos aqui podendo dizer «Estamos aqui e além de resolvermos os problemas herdados, conseguimos cumprir com as metas europeias». Ao contrário do anterior governo que teve um défice acima de 3% – e foi este governo que conseguiu evitar as sanções – este ano vamos ter um défice abaixo de 3%, abaixo de 2.5% e sairemos do procedimento de défice excessivos.”

“Mas olhamos para a nossa principal mensagem: Emprego, Emprego, Emprego! Baixámos a taxa de desemprego de 12.8% para 10.8% e o desemprego jovem baixou 5p.p.”

Referindo-se ao futuro, António Costa não desperdiçou a oportunidade de relembrar que a missão principal do governo é efetuar as reformas estruturais. Nesse prisma, a aprovação do Programa Nacional de Reformas pelo governo e pela União Europeia é de máxima importância pois este documento está centrado nos desafios da próxima década.

António Costa teve a oportunidade de anunciar, também, a realização de vários Conselhos de Ministros extraordinários e dedicados ao Serviço Nacional de Saúde e à Floresta.

António Costa

Falando do Orçamento de Estado para 2017, António Costa indicou que este instrumento de governação irá dar “prioridade ao que é essencial para o modelo de crescimento que queremos – uma sociedade do conhecimento”. Assim, o Orçamento de Estado irá ter um aumento significativo para a Cultura e Recuperação do Património Cultural.

“Temos de gerir os problemas que vão surgindo sem perder o nosso norte, sem perder a visão estratégica que temos para o país”.

Uma visão baseada numa sociedade de conhecimento onde a educação é a peça-chave da mesma. Para que se possa assegurar a igualdades de oportunidades.

Educação essa que, ao fim de tantos anos, está a abrir a tempo e horas e com total normalidade.

“Assistimos também a um aumento significativo de matrículas no Ensino Superior, em valores que não tínhamos desde 2010”.

António Costa e João Torres

“O aumento de alunos no Ensino Superior representa a morte do modelo da direita. Um modelo que queria um país sem direitos, sem salários e sem Estado Social”.

“Mas aqueles quer estão agora a inscrever-se na universidade são os mesmos que daqui a quatro anos teremos de mostrar um país que lhes sabe responder e que não os empurra para a emigração”, concluiu António Costa.