Nuno Brederode Santos I

Nuno Brederode dos Santos foi uma figura única, incomparável, inteligente, memorável. O seu brilhantismo é reconhecido por todos, tal como as suas enormes qualidades pessoais e humanas. No mesmo sentido recordaremos sempre a sua extraordinária vida profissional, que mais do que um mero ofício, foi o percurso para a feitura contínua de uma obra que fica para a posteridade.

Era fiel às suas ações quando dizia: “Sei ser isento mas não quero. Quero estar com os meus e contra os meus adversários. Cada um escolhe o seu campo”. Afortunado o que consegue em termos tão sublimes — mas assertivos — sumariar a sua forma de estar na vida e na política. Coerente com as suas palavras, esteve nas lutas estudantis desde 1961, em numerosos combates políticos contra a ditadura, e na construção do MES (com Jorge Sampaio e outros), até se filiar no PS, onde sempre se manteve participativo e permanece uma referência.

Solidário com a sua família e amigos, o Partido Socialista apresenta-lhes as mais sentidas condolências neste momento de pesar, e saberá guardar a memória e o legado do trabalho deste ilustre camarada.

Nascido em Lisboa em 14 de dezembro de 1944, Nuno Brederode dos Santos foi um cronista de excelência, primeiro no semanário “Expresso”, onde escreveu ao longo de 17 anos, e posteriormente no “Diário de Notícias”, entre 2006 e 2009.

Galardoado com o Prémio Gazeta Crónica, do Clube de Jornalistas, em 1990, publicou nesse mesmo ano uma coletânea das crónicas no “Expresso” no livro “Rumor Civil”.

Jurista, fez a sua vida profissional no Instituto de Participações do Estado, filiou-se no Partido Socialista em 1977 e foi conselheiro político do Presidente da República Jorge Sampaio, entre 1996 e 2006.