“Hoje, a Força Aérea recebeu a primeira das cinco aeronaves KC-390, que vem constituir um reforço importante na edificação de uma nova capacidade da Força Aérea e da renovação da sua frota”, realçou António Costa, salientando que “este é um projeto que, verdadeiramente, são três em um”, juntando ao reforço da capacitação militar, o “estreitamento das nossas relações com o Brasil”, através da parceria com a Embraer, e o “desenvolvimento do nosso cluster aeronáutico como importante componente da economia nacional”.
Falando na cerimónia que teve lugar na Base Aérea Nº 11, em Beja, onde marcou também presença a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, o líder do Governo destacou que o KC-390 é ainda “um excelente exemplo de uma política pública que, continuadamente executada, deu frutos”, lembrando que o projeto, que se iniciou em 2010, contou com “a participação, pela primeira vez, da engenharia portuguesa na conceção de uma nova aeronave”.
“Nesta aeronave estão 650 mil horas de trabalho da engenharia portuguesa. O trabalho desenvolvido pelo CEiiA, a capacitação de um conjunto de empresas nacionais, e em particular das OGMA, são da maior importância para a construção de um cluster aeronáutico”, assinalou, acrescentando que “é também a primeira vez que a indústria portuguesa produz em Portugal componentes essenciais de uma aeronave”.
António Costa destacou ainda que Portugal, mediante este projeto, teve ainda “oportunidade de estreitar as relações com um dos grandes ‘players’ mundiais de aeronáutica, como é a Embraer, e ajudar a desenvolver um conjunto de empresas que, sediadas sobretudo na região do Alentejo, têm vindo a fortalecer este cluster aeronáutico”.
O primeiro avião KC-390, agora disponibilizado, é um dos cinco encomendados por Portugal à Embraer, num investimento de 827 milhões de euros, integrando componentes feitos nas duas fábricas da construtora brasileira em Évora e nas OGMA, em Alverca.
OE2023 com reforço de 8,3% para a Defesa
Na sua intervenção, o primeiro-ministro realçou também o “reforço de 8,3%” para a Defesa Nacional previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2023, incidindo, sobretudo, no reforço do equipamento das Forças Armadas.
“Mais do que um compromisso de aumentar o nosso orçamento de Defesa com a NATO, nós temos um compromisso de reforçar o investimento em Defesa, para assim melhor servir o interesse nacional”, afirmou.