“Vamos ter estabilidade e ação em Portugal”, afirmou categórico o líder do PS perante os jornalistas que o acompanharam na deslocação às obras do novo hospital de Sintra, uma infraestrutura de saúde pública lançada pelo executivo de António Costa.
Na visita, em que esteve ladeado pela cabeça de lista pelo círculo de Lisboa, Mariana Vieira da Silva, pelo presidente da autarquia sintrense eleito pelo PS, Basílio Horta, e por vários dos candidatos socialistas, entre os quais a também antiga edil de Sintra, Edite Estrela, Pedro Nuno Santos voltou a assegurar que a proposta de governação socialista passa por um sistema de saúde público fortalecido e eficaz.
“Queremos que o Sistema Nacional de Saúde dê resposta a mais utentes e é isso que estamos a mostrar aqui, em Sintra, um exemplo daquilo que queremos continuar a fazer e a multiplicar no país todo”.
Com um custo de mais de 45 milhões, financiado pelo Orçamento do Estado e pela autarquia de Sintra – os equipamentos são financiados pelo PRR, num investimento global que ronda os 70 milhões de euros –, o novo hospital de Sintra entrará em funcionamento, já em julho, para uma população-alvo de 200 mil pessoas, incluindo as especialidades de cardiologia, oftalmologia, neurologia, medicina física e de reabilitação e otorrinolaringologia.
Em declarações à comunicação social no final da visita, Pedro Nuno Santos defendeu que esta deslocação serviu para mostrar o que “de bom se faz no país, aqui numa grande articulação entre o município, que faz o investimento na construção e administração, no equipamento e manutenção do hospital”.
“Isto é um exemplo do que nós queremos continuar a fazer no país todo: investir no nosso SNS, nos hospitais, nos centros de saúde”, pontualizou, sublinhando ser este “o caminho que não desiste do SNS, antes pelo contrário”.
Na ocasião, reiterou o orgulho partilhado pelos socialistas no trabalho que foi feito nos últimos oito anos, admitindo que “não está tudo bem” e por isso “é preciso continuar a avançar”.
Avançar com ambição e cautela
“Não podemos é andar para trás”, enfatizou, clarificando que a proposta que o PS apresenta aos portugueses assenta em bases cautelosas, visando dar continuidade à transformação do país, com investimentos nos serviços públicos, na melhoria dos salários e das pensões.
“Queremos mudar e melhorar a vida das pessoas”, resumiu.
Questionado sobre as críticas levantadas em torno de propostas socialistas que procurariam incentivar professores aposentados a darem aulas para fazer face a demandas imediatas da escola pública, Pedro Nuno Santos explicou trata-se de uma solução transitória.
“É uma medida de transição e devemos no entretanto procurar todas as oportunidades para dar resposta às necessidades dos nossos alunos”, vincou, referindo-se de seguida à reposição integralmente o tempo de serviço dos professores e a tornar mais atrativa a carreira docente, “melhorando os índices remuneratórios logo nos primeiros anos”.
Já quando instado a comentar as declarações proferidas por Luís Montenegro, o Secretário-Geral socialista disse não ter interesse em cavalgar a onda das faltas de respeito por qualquer adversário político e estar “concentrado na mobilização do povo português para continuarmos a avançar”, tendo por isso mesmo, e no âmbito do que classificou como “um debate político em permanência”, desafiado o candidato da Aliança Democrática a dizer aos portugueses onde vai cortar se o cenário macroeconómico de crescimento que apresentou sem o aval de qualquer organismo internacional falhar.
A terminar, recordou que ao longo de oito anos “conseguimos atingir estabilidade financeira, orçamental e económica no país”.
No ato eleitoral de domingo, disse, “o povo português será chamado a decidir o que fará com a estabilidade conquistada”.
“Queremos continuar a avançar, por contraposição aos nossos adversários, que querem desbaratar o que foi conseguido para todos e não apenas para uma minoria”, avisou.