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Novo Banco: PS quer apurar envolvimento de António Ramalho e Vítor Fernandes nos negócios relacionados com Luís Filipe Vieira

Novo Banco: PS quer apurar envolvimento de António Ramalho e Vítor Fernandes nos negócios relacionados com Luís Filipe Vieira

O vice-presidente da bancada do Partido Socialista João Paulo Correia anunciou ontem, no Parlamento, que o PS vai requerer depoimentos escritos do presidente do Novo Banco, António Ramalho, e do ex-administrador Vítor Fernandes para apurar o “grau de envolvimento de cada um deles, da própria administração e da cadeia de direção do Novo Banco” nos negócios relacionados com Luís Filipe Vieira.

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“As notícias sobre a operação ‘cartão vermelho’ dizem-nos que Vítor Fernandes está indiciado com tratamentos de favor na qualidade de administrador do Novo Banco naquilo que foram as relações de negócio de Luís Filipe Vieira e da Promovalor para com o Novo Banco”, começou por frisar o dirigente socialista em declarações aos jornalistas.

João Paulo Correia acrescentou que, de acordo com a comunicação social, “Vítor Fernandes terá colaborado com informação privilegiada junto de Luís Filipe Vieira relativamente à alienação da Imostepts e também relativamente à constituição de um fundo de investimento especial que, como sabemos, é onde estão aparcadas todas as dívidas da Promovalor e de Luís Filipe Vieira”.

Ora, este fundo “foi arrasado” pelo Banco de Portugal, que o classificou como “irrealista” num relatório sigiloso entregue no Parlamento, no âmbito da comissão de inquérito parlamentar ao BES e ao Novo Banco, assinalou.

O deputado do Partido Socialista recordou que “o Governo suspendeu a indigitação de Vítor Fernandes para chairman do Banco de Fomento”, tendo colocado uma “série de questões à Procuradoria-Geral da República” (PGR).

“Este é o tempo” de a PGR “esclarecer as questões colocadas” para que “se esclareçam se são fundadas ou infundadas as suspeitas que recaem sobre Vítor Fernandes” e para que o Executivo, mediante esses esclarecimentos, tome “uma decisão definitiva”, alertou.

Este é também o tempo de o Banco de Portugal, como entidade supervisora, exercer as suas competências legais e verificar “a idoneidade dos administradores públicos”, defendeu.

João Paulo Correia disse esperar que as perguntas presentes no requerimento do PS, que deu ontem mesmo entrada na comissão de inquérito ao Novo Banco, sejam “respondidas no mais curto espaço de tempo” para permitir um “cabal esclarecimento público”.

“No nosso entender, é do máximo interesse colocar estas questões para que elas sejam respondidas num inquérito parlamentar”, concluiu.

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