Novas lideranças em 9 Federações mostram capacidade de renovação do partido

O Secretário-geral do PS, António Costa, saudou todos os participantes no ato eleitoral, defendendo que contribuíram para “afirmar a riqueza do pluralismo e da diversidade de opiniões” no partido.

“Essa é a força da nossa democracia interna e que faz da nossa unidade o esteio de um compromisso de serviço ao país e a todas as nossas comunidades locais e regionais”, sublinhou António Costa, parabenizando na sua mensagem, desde Bruxelas, onde participa no Conselho Europeu, os eleitos e apontando “honra aos que, perdendo, contribuíram para um partido mais renovado e rejuvenescido e mais forte para enfrentar o futuro”.

O Secretário-geral adjunto, José Luís Carneiro, afirmou também, por seu lado, que as eleições federativas deste fim de semana mostraram “a grande vitalidade democrática do Partido Socialista”.

“O reforço da participação eleitoral, vencendo as limitações impostas pelas atuais circunstâncias de saúde pública, que, entre outras medidas, exigiu o recurso ao voto eletrónico em Lisboa e Vale do Tejo, permitiu a renovação e o rejuvenescimento das suas estruturas dirigentes e possibilitou o desenvolvimento das novas estruturas das mulheres socialistas. O PS sai mais forte e mais mobilizado para continuar a servir o país em todo o território nacional e em todas as comunidades locais”, salientou José Luís Carneiro.

Nélson Brito (Baixo Alentejo), Vítor Pereira (Castelo Branco), Nuno Moita (Coimbra), Luís Dias (Évora), Alexandre Lote (Guarda), Walter Chicharro (Leiria), Ricardo Pinheiro (Portalegre), Hugo Costa (Santarém) e José Rui Cruz (Viseu) são os novos líderes das estruturas locais eleitos para um mandato de 2 anos.

Renovaram o seu mandato à frente das respetivas Federações: Luís Graça (Algarve), Jorge Vultos Sequeira (Aveiro), Joaquim Barreto (Braga), Jorge Gomes (Bragança) Duarte Cordeiro (FAUL), Carlos Bernardes (Federação Regional do Oeste), Manuel Pizarro (Porto), António Mendes (Setúbal), Miguel Alves (Viana do Castelo) e Francisco Rocha (Vila Real).

No que diz respeito a estas eleições, é ainda de realçar que 10 presidentes de Federação se recandidataram e renovaram os mandatos, sendo 6 candidaturas únicas (Algarve, FAUL, Aveiro, FRO, Viana do Castelo e Vila Real) e 4 (Braga; Bragança, Porto e Setúbal) com mais do que um candidato. Das 19 Federações que foram a eleições, 11 apresentaram candidatos únicos e 8 registaram disputas entre 2 candidatos. A média de idades dos Presidentes de Federação baixou de 51,8 anos para 48,8 anos.

O PS realizou estas eleições no absoluto respeito pelas normas sanitárias exigidas pelas autoridades de saúde. Foram dadas indicações precisas a todas as estruturas para que tivessem álcool gel disponível, exigissem o uso de máscara a todos os participantes, higienizassem canetas que tivessem que ser partilhadas e evitassem as aglomerações, quer dentro dos locais de voto, quer nas suas imediações.

Devido à situação de pandemia, foi adotado o sistema de voto eletrónico (em exclusivo) nas Secções correspondentes às Freguesias e Concelhos da Área Metropolitana de Lisboa abrangidas pelo Estado de Calamidade ou para os que nelas residem, e foi adotado o mesmo regime de voto eletrónico, mas facultativo, para os demais militantes da FAUL que tenham declarado preferir votar dessa forma. Na FAUL votaram eletronicamente cerca de mil pessoas.

Estavam habilitados a participar neste ato eleitoral mais de 50 mil militantes, sendo que a participação neste sufrágio foi de 56,3%, distribuída por 574 secções de voto.

Delegados aos Congressos Federativos

Além dos Presidentes de Federação, foram ainda eleitos 4.551 delegados aos Congressos Federativos, de entre 6.393 candidatos a delegados efetivos, dos quais mais de 40% são mulheres.

O processo eleitoral interno irá prosseguir com a realização dos congressos federativos nos dias 12 e 13 de setembro, de acordo com a deliberação da Comissão Nacional, na última reunião no dia 4 julho.