Nota de pesar pela morte de Nuno Júdice
Faleceu este domingo Nuno Júdice, o poeta português contemporâneo mais reconhecido internacionalmente. O mais traduzido e o mais premiado. Foi distinguido com o prestigiado Prémio Ibero-Americano Rainha Sofia e recebeu o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, entre muitos outros prémios, distinções e condecorações, nacionais e estrangeiros.
Estreou-se com “A noção de poema”, editado em 1972. Desde então e até “Uma colheita de silêncios” (2023), construiu, ao longo de “50 anos de poesia” (2022), uma vasta obra poética, singular e inovadora nos matizes e na linguagem, reflexiva e irónica.
Nuno Júdice deixa um legado literário e cultural que vai muito além da obra poética. Ensaísta, tradutor, ficcionista, foi também professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, até à sua aposentação em 2015, diretor da revista “Colóquio” da Fundação Gulbenkian e conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris (1997-2004). Em todas estas funções deixou a sua marca de qualidade e deu um inestimável contributo para a promoção e projeção da literatura portuguesa.
O Partido Socialista manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Nuno Júdice, prestando-lhe homenagem e transmitindo à sua família, em especial à sua mulher, Manuela Júdice, e aos filhos, Filipa, Joana e André, as mais sentidas condolências.
18 de março de 2024