No meio de uma imensa multidão, sempre com António Costa ao seu lado, Pedro Nuno Santos era a imagem da confiança: “Mostrámos que temos força e que temos o povo connosco”.
O Secretário-Geral do PS dirigiu-se a todos os portugueses, apelando ao voto no domingo. “Não podemos perder a oportunidade de ir votar, para não corrermos o risco de acordar com a AD no Governo. Para protegermos os nossos salários, as nossas pensões, o nosso Serviço Nacional de Saúde”.
“As pessoas têm de ir votar, não podem ficar em casa. Se formos todos votar, vamos ganhar, ganha o país e vamos continuar a avançar”, afirmou o líder socialista.
Esquerda só ganha se PS ganhar
Antes da descida do Chiado, teve lugar o tradicional almoço na Cervejaria Trindade, onde Pedro Nuno Santos insistiu na importância das eleições do próximo domingo, defendendo que só há uma forma de derrotar a AD: “é com a concentração de votos no PS”.
“Com a certeza de que nós conseguimos trabalhar, dialogar com todos e os avanços que muitos partidos querem só vão acontecer se o PS ganhar as eleições. Nós sabemos hoje que, se nós ganharmos e liderarmos um Governo, somos capazes de ouvir os outros”, assegurou Pedro Nuno Santos, que esteve acompanhado por António Costa, Eduardo Ferro Rodrigues, Augusto Santos Silva, Edite Estrela, Mariana Vieira da Silva, Fernando Medina e Isabel Soares, entre muitas figuras socialistas.
“Por isso, neste momento, nós temos mesmo de assegurar que nós conseguimos ganhar as eleições. Que a esquerda ganha as eleições, mas isso só acontece com o PS a ganhar as eleições, a derrotar a Aliança Democrática (AD), a derrotar o PSD”, sustentou o líder socialista.
Pedro Nuno Santos apelou a que todos os portugueses vão votar, mas em particular “aqueles que têm boa memória do que foi a governação da AD, com a certeza de que o programa que apresenta não é diferente”.
“Antes chamava-se Portugal à Frente (PàF), mas é exatamente igual: nas pessoas, nos rostos, nas respostas, nas narrativas, no programa”, que acusou de “ser irrealista” e repetir “as mesmas soluções” que falharam no passado e tanto penalizaram os portugueses. “Se nós quisermos ter um projeto de futuro, de esperança, que permita ao país continuar a avançar, nós temos de votar no PS”, defendeu.
O Secretário-Geral socialista apelou em particular “aos mais velhos, aos reformados, aos pensionistas a participarem no ato eleitoral e a darem a vitória a um partido que esteve sempre ao seu lado, que tem uma relação de confiança, que não precisa de se reconciliar porque esteve sempre lá”.
Aproveitando ainda o facto de hoje se assinalar o Dia Internacional da Mulher, Pedro Nuno Santos, que com a exceção de António Costa almoçou numa mesa apenas composta por mulheres, referiu que as mulheres sabem que, ao longo da história, foi sempre o PS que liderou os avanços nos seus direitos.
Pedro Nuno Santos “é o timoneiro para Portugal no cabo da Boa Esperança”
Antes da intervenção do Secretário-Geral, António Costa tomou também da palavra, manifestando confiança na vitória no domingo: “Este almoço na Trindade significa que estamos a dois dias de uma grande vitória do PS e de eleger Pedro Nuno Santos como o próximo primeiro-ministro”.
O atual primeiro-ministro salientou que “estes últimos dois anos foram muito exigentes para os portugueses, para as empresas e para Governo”, sem deixar de assinalar que o caminho está a ser feito com segurança, com a inflação a 10,2% em outubro de 2022, a já ter baixado para os 2%, estabilizando as taxas de juro e com Portugal a ter sido o país da União Europeia que mais cresceu, “com o emprego em máximos e a OCDE a dizer-nos que temos o terceiro maior aumento real de rendimentos das famílias”.
“Agora, que tudo indica termos conseguido dobrar o cabo das tormentas é preciso garantir que este momento de mudança nos faça mesmo estar no cabo da Boa Esperança. É fundamental não andarmos para trás e não destruirmos o que foi feito”, disse.
Para António Costa, esta mudança será feita “com um novo timoneiro”, Pedro Nuno Santos, dando “um novo impulso à caminhada iniciada em 2015”.
Concentrar o voto no PS para derrotar a direita
O último dia da campanha socialista teve início, pela manhã, com uma arruada popular em Moscavide, onde Pedro Nuno Santos repetiu a ideia de que a ó a concentração de votos no PS permite derrotar a AD.
“Que ninguém se engane, só vamos conseguir continuar a aprofundar os direitos das mulheres, dos trabalhadores e dos jovens se o PS ganhar as eleições. Vamos concentrar o nosso voto no PS, porque este partido é e será sempre um porto seguro para os portugueses”, afirmou o líder socialista.
A campanha do Partido Socialista realiza ainda esta sexta-feira um grande comício em Almada, ao final da tarde, com o Secretário-Geral, Pedro Nuno Santos, a marcar depois presença na festa de encerramento, no Village Underground Lisboa.