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“Não trocamos o Serviço Nacional de Saúde, nem o sistema público de educação”

“Não trocamos o Serviço Nacional de Saúde, nem o sistema público de educação”

O Secretário- geral do PS, José Sócrates, garantiu, na Rentrée do PS- Viseu, em Mangualde, que o Governo não vai trocar o apoio ao Orçamento do Estado para 2011 pela adesão às propostas de revisão constitucional do PSD. José Sócrates apelidou a proposta de revisão constitucional do PSD como “o projecto mais radical e mais extremista do ponto de vista ideológico alguma vez apresentado no nosso país”.

“Se há para aí alguém no PSD que pensou que podia fazer uma negociação com o Partido Socialista trocando a revisão constitucional por qualquer apoio para um qualquer Orçamento do Estado, desengane-se, porque nós não trocamos o Serviço Nacional de Saúde, nem o sistema público de educação”, disse José Sócrates.
No discurso, José Sócrates elencou algumas das prioridades governativas, a começar pela “recuperação da economia e do desemprego” e apresentou quatro críticas ao projecto de revisão constitucional do PSD.
José Sócrates apelidou a proposta de revisão constitucional do PSD como “o projecto mais radical e mais extremista do ponto de vista ideológico alguma vez apresentado no nosso país”.
“É tão extremista do ponto de vista ideológico que merece ser discutido e o PSD não vai fugir a esse debate”, destacou José Sócrates.
Para o secretário-geral do PS, “as ameaças de crise” dos social-democratas têm como objectivo fazer esquecer o projecto.
Classificou-o como “convicções que não resistiram a três semanas de debate político e à primeira sondagem”, acusando o PSD de, assim, “perder credibilidade”.
Ao criticar a proposta de revisão constitucional, Sócrates conquistou a maior ovação da noite quando acusou o PSD de querer acabar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para todos.
“É extraordinário que o presidente dos Estados Unidos da América faz uma reforma para criar um serviço nacional de saúde, haja aqui uma força política com uma proposta do passado”, destacou.
Considerou que o PSD quer um serviço “apenas para os mais desfavorecidos em que os outros recorrem a serviços mais sofisticados no sector privado da saúde”.
“Em que só os mais ricos e poderosos podem ter acesso à modernização científica na área da saúde”, sublinhou.
José Sócrates acusou o maior partido da oposição de permitir “despedir de forma injusta, desde que haja uma razão atendível”.
Criticou ainda o PSD por “querer acabar com a escola pública” e com a igualdade de oportunidades que promove, assim como de propor o fim da progressão dos impostos e provocarem injustiças.
Sócrates puxou por mais que uma vez dos mais recentes indicadores económicos para dar “uma palavra de confiança a Portugal” e garantiu que o controle das contas públicas e a modernização do país são as prioridades do Governo.
A aposta na educação e ciência, nas novas tecnologias, nas energias renováveis e na saúde foram as três áreas destacadas no âmbito da modernização, ilustrada com diversos números.
Entre eles, Sócrates destacou que no novo ano lectivo vão abrir 100 novas escolas, que estão em construção seis novas barragens e seis novos hospitais.