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“Não sabemos porque é que o PEC foi chumbado e porque é que se provoca a queda de um …

“Não sabemos porque é que o PEC foi chumbado e porque é que se provoca a queda de um …

O porta-voz do PS, Fernando Medina, afirmou hoje que o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, fez uma “leitura benigna” de um eventual pedido de ajuda externa e continua sem apresentar alternativas ao Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

 

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“Hoje pura e simplesmente não sabemos porque é que o Programa de Estabilidade e Crescimento foi chumbado, e porque é que se provoca a queda de um Governo num momento tão crítico de um país, que é a evitar a entrada da ajuda externa do Fundo Monetário Internacional, que não seja chegar rapidamente ao poder”, afirmou Fernando Medina.
Reagindo na sede do PS, em Lisboa, à entrevista de Passos Coelho à SIC, o porta-voz socialista afirmou que a única matéria em que existem propostas por parte dos sociais-democratas para fazer face à crise é a matéria fiscal.
“Faz-se isso de forma simples, ligeira, com alguma despreocupação do que isso significa”, criticou.
Fernando Medina afirmou também que das declarações de Passos Coelho “ressalta uma certa leitura benigna quantos aos possíveis efeitos de uma intervenção do FMI e do Fundo Europeu”, com a referência que o líder do PSD fez às “descidas das taxas de juro” nos países que estão objeto de intervenção.
“O que não refere são as outras consequências bem visíveis na Grécia e na Irlanda, desses programas da intervenção. Além de medidas de austeridade, diminuição dos salários, cortes nas pensões, nalguns casos, diminuição no salário mínimo, processos de despedimentos significativos”, apontou.
Fernando Medina argumentou ainda que nesses países têm-se verificado “fugas de capitais do sistema financeiro, fuga de capital relativamente ao mercado de capitais e a total incapacidade dessas economias em financiarem-se”.
Sobre uma hipotética participação do PS num Governo que venha a ser liderado por Passos Coelho, o porta-voz socialista respondeu que “as coligações e os entendimentos fazem-se na base de projetos e ideias, e ate há dois dias atrás o PSD disse que não havia nenhuma possibilidade de diálogo sobre qualquer medida”.
O PS considera que “o PSD falhou o diálogo, esse debate, essa responsabilidade com o país neste momento”.
“Portanto, eu julgo, que quem faz afirmação dessa natureza pretende mais um ganho do ponto de vista da simpatia do que uma coligação alargada, do que menor crispação da vida política”, afirmou Fernando Medina.
“São intenções que não têm conteúdo, quando se trata de discutir as matérias concretas as propostas não aparecem e o diálogo não existe”, acrescentou.