Não pode haver mais surpresas no sistema bancário nacional

O Secretário-geral do PS pediu um “esclarecimento cabal” sobre a situação do BES, temendo o “efeito contágio”.

António José Seguro defendeu que “não pode haver mais surpresas no sistema bancário nacional como houve com o BPN e com o BPP”, alertando que “não podem ser os portugueses a desembolsar mais dinheiro para cobrir prejuízos do setor privado”.

Depois de uma visita ao Mosteiro de S. Miguel de Refojos e de uma receção na Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, o líder socialista afirmou que “é preciso um esclarecimento cabal da situação para que não exista este efeito de contágio, porque, neste momento, o nosso país está outra vez sob observação dos mercados financeiros, sob observação externa, depois dos sacrifícios enormes que os portugueses fizeram. Tem que haver esclarecimento, tem que haver transparência, tem que haver verdade”.

E esse esclarecimento, acrescentou, tem que vir “das instituições que são responsáveis pela supervisão e pela regulação”, considerando que “é muito importante que o Banco de Portugal e a CMVM venham dar explicações públicas”.

António José Seguro mostrou-se preocupado, uma vez que há agências que “estão a diminuir o rating de outras empresas”, havendo um “efeito contágio, designadamente com a Portugal Telecom”.