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«Não é a política de baixos salários e dos despedimentos que vai devolver a Portugal o …

«Não é a política de baixos salários e dos despedimentos que vai devolver a Portugal o …

“O desenvolvimento e competitividade do país terão de assentar no conhecimento, alicerçado na educação, na inovação e formação de qualidade”, disse ontem António Costa durante uma sessão do Clube dos Pensadores realizada em Gaia onde foi o orador convidado.

“ O desenvolvimento não pode assentar nos baixos salários nem no empobrecimento do país. Não pode ser com uma administração pública desqualificada e desmotivada que o país pode tornar-se competitivo”, sustenta o secretário-geral.

Por isso, o PS apresenta-se com “uma estratégia que é uma agenda, Agenda para a Década, que o país deve prosseguir num processo de continuidade de políticas e de estratégia com os pés bem assentes no chão”, disse, no entanto reconhece que todavia o eleitorado de tão escaldado que está ficou “com aversão às reformas”. “É preciso ganhar a confiança das pessoas e vencer essa aversão”

António Costa acredita que as verdadeiras reformas se fazem de baixo para cima e não ao contrário, como são o exemplo os casos das fusões das freguesias, do mapa judiciário e da supressão de serviços em muitas localidades, com os resultados que se conhecem.

O secretário-geral do PS defende a mutualização dos subsídios de desemprego e defende que cabe à Europa encontrar medidas que fomentem o crescimento dos países mais débeis em vez da migração no espaço europeu. “Se a Alemanha precisa de 500 mil trabalhadores, esses postos de trabalho não devem ser ocupados por emigrantes mas transferidos para os países de economias mais débeis que fornecem essa mão-de-obra”.

António Costa defendeu também que é preciso ter uma agenda europeia, porque muito se decide Bruxelas. Ter uma visão e construir alianças para que sejam bem-sucedidas as nossas pretensões.

“A meta é clara. O PS vai bater-se pela maioria absoluta”, afirmou António Costa, e se pedimos maioria absoluta “é por uma boa razão”