“Não desviamos recursos do SNS para o setor privado. Os recursos públicos são para serem investidos nos nossos hospitais e nos nossos centros de saúde”, disse Pedro Nuno Santos em Castro Verde, no distrito de Beja.
Falando durante a visita que realizou ao Centro de Saúde e serviço de urgência básico, cujos edifícios vão ser reabilitados, num investimento de 2,1 milhões de euros financiado na íntegra pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o líder socialista realçou que esta é uma “relação de confiança” que os portugueses podem esperar do PS.
“A saúde do nosso povo é muito importante e as pessoas desta região [Baixo Alentejo] sabem bem que só contam com o SNS. É por isso que temos de continuar a investir no SNS em todo o país”, disse.
Relação de confiança com os pensionistas
Pedro Nuno Santos acrescentou essa “relação de confiança” é também extensível aos pensionistas, ao contrário do PSD, que acusou de “insistir numa mentira” nesta matéria, e do conjunto da direita, que quer “a privatização parcial do sistema público de pensões”.
Aludindo à entrevista do líder da Iniciativa Liberal hoje publicada no Observador, na qual Rui Rocha disse que o PSD não teria “a coragem necessária para a reforma das pensões”, o líder do PS referiu que esta é mesmo uma agenda que está presente, de forma mais ou menos velada, no programa de “uma parte importante da direita portuguesa”.
“Esse é o desafio que a IL está a fazer ao PSD. E esse é um tema em que o PSD continua a insistir numa mentira: a mentira de que houve um corte nas pensões, quando todos os pensionistas sabem que nestes oito anos de governação socialista não só não houve cortes, como houve aumentos”, frisou.
Observou, por isso, que enquanto o PS vai “continuar a manter esta relação de confiança” com os pensionistas, o PSD “tem primeiro de se reconciliar com a verdade, antes de se reconciliar com os pensionistas”.
No dia de pré-campanha passado no Baixo Alentejo, uma região de forte pendor agrícola, Pedro Nuno Santos destacou também que “toda a área da agroindústria e da agricultura é fundamental para o desenvolvimento da economia portuguesa”.
“Nunca o desenvolvimento de Portugal e das regiões se fará sem um forte investimento na agricultura. A agricultura e a agroindústria têm um potencial transformador da economia brutal”, sustentou o Secretário-Geral socialista.