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Mulheres Socialistas reivindicam igualdade salarial na Europa em 2019

Mulheres Socialistas reivindicam igualdade salarial na Europa em 2019

A igualdade salarial entre mulheres e homens ainda não é uma realidade na Europa. Por este motivo, as Mulheres Socialistas – Igualdade e Direitos (MS-ID), assinalam o problema persistente das disparidades salariais.
Mulheres Socialistas reivindicam igualdade salarial na Europa em 2019

O dia 27 de fevereiro de 2019 marca a data até à qual as mulheres precisam de trabalhar para poderem ganhar o mesmo montante que os homens ganharam o ano passado. Simboliza a percentagem da diferença de pagamento entre mulheres e homens no mercado de trabalho Europeu. Se o chamado gap salarial ou pay gap diminuir esta data será assinalada mais cedo, ocorrendo o inverso se aumentar.

Em Portugal, a lei para combater as desigualdades salariais entrou em vigor no passado dia 21 de fevereiro, o que obrigará as empresas a estabelecer dispositivos que demonstrem o seu cumprimento.

Factos europeus sobre as desigualdades salariais

De acordo com os dados mais recentes disponíveis, do Eurostat de 2016, as mulheres ganham na Europa em media 16% menos em relação aos homens. As diferenças entre os Estados-Membros da União Europeia são grandes. Na Polónia, na Roménia, na Eslovénia, em Itália e no Luxemburgo, o pay gap é de 10%, enquanto que na República Checa, na Eslováquia, na Alemanha e na Áustria, a disparidade salarial ultrapassa os 20%.

A Estónia cai para o final da lista com a percentagem de 25%, enquanto que a Bélgica, comparativamente, alcança uma boa percentagem – de 6%. No entanto, há países vizinhos que não estão tão bem classificados: 16% de disparidade salarial nos Países Baixos e 15% em França.

O Partido Socialista Europeu apoia fortemente esta campanha, intitulada “Equal Pay campaign”. No seu manifesto para as eleições Europeias, desenha os planos para uma Estratégia de Igualdade de Género ao nível da União Europeia, com a finalidade de eliminar desigualdades a nível dos salários e das pensões, combater o assédio sexual e a violência de género, e assegurar que cada pessoa tem acesso pleno aos seus direitos sexuais e reprodutivos.

A Presidente das Mulheres Socialistas do Partido Socialista Europeu, Zita Gurmai, salientou: “O que é que queremos? Salários iguais! Isso quer dizer mais 16% de salário para as mulheres, para que ganhem tanto como os homens. Está na hora de agir para acabar com a desigualdade salarial – estamos fartas de salários mais baixos e de tratamento desigual. (…)”

As mulheres merecem mais!