Modernização de troço na Linha do Oeste para aumentar eficiência e competitividade
O Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, afirmou que a modernização do troço da Linha do Oeste que liga Caldas Rainha a Sintra vai ao encontro do objetivo de «aumentar a eficiência e a competitividade da ferrovia».
Na data em que foi lançado o concurso de 68,5 milhões de euros, para o primeiro troço entre Meleças e Torres Vedras, pela Infraestruturas de Portugal, Jorge Delgado destacou que «este é um dia especial para a região do Oeste e para o País».
O Secretário de Estado referiu ainda que dentro de três/quatro meses será lançado o concurso para o troço Torres Vedras-Caldas, no valor de 30 milhões de euros, com o objetivo de garantir que as duas intervenções estejam concluídas ao mesmo tempo.
«Daqui a um ano começamos as obras e no fim esperamos que se consiga duplicar a procura que hoje existe», acrescentou.
Plano de ação para a Linha do Oeste
Com um prazo de execução de dois anos a contar da sua consignação, esta empreitada engloba a eletrificação do troço ferroviário entre Mira Sintra-Meleças (Sintra) e Torres Vedras, a ligação à subestação de Runa, a construção de dois troços de via dupla, e a supressão, reclassificação e automatização de passagens de nível.
Está ainda prevista a construção de desnivelamentos superiores e inferiores ao caminho-de-ferro, uma intervenção pontual em cinco estações e seis apeadeiros, a instalação do sistema de retorno de corrente de tração e de terras de proteção, a renovação pontual e a retificação do traçado de via.
Estimada num total de 112,4 milhões de euros, a modernização da Linha do Oeste será dividida em duas fases: o troço entre Mira Sintra/Meleças(Sintra) e Torres Vedras, e o troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha. Nesta primeira etapa, a intervenção incidirá em 87 dos 200 quilómetros da Linha do Oeste.
A maioria da empreitada total será sobretudo financiada por fundos comunitários e abrange os concelhos de Sintra, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras, Cadaval, Bombarral, Óbidos e Caldas da Rainha.
Dos 68,5 milhões de euros da primeira empreitada, o Estado entra com 42 milhões de euros. No total, os custos serão repartidos entre 2020 (cerca de 2,7 milhões de euros), 2021 (35,6 milhões de euros) e 2022 (30,1 milhões de euros).
As Infraestruturas de Portugal lançaram também concurso de 5,8 milhões de euros para a conceção e construção da subestação de tração elétrica de Runa, em Torres Vedras, e de postos autotransformadores com prazo de execução de 26 meses.