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Modernização da linha da beira baixa relança competitividade na região e no país

Modernização da linha da beira baixa relança competitividade na região e no país

As obras de modernização do troço ferroviário entre a Covilhã e a Guarda, da linha da Beira Baixa, que o Governo acaba de lançar, vão custar cerca de 90 milhões de euros, anunciou ontem o ministro da Infraestruturas, Pedro Marques, considerando a iniciativa como um importante passo em frente para o relançamento da competitividade da região e do país.

Segundo o governante, esta intervenção, para além de repor a ligação ferroviária de passageiros, há muito desejada pelos habitantes destas duas regiões da Beira Interior, irá igualmente ajudar à redução, em cerca de 30%, dos custos de transporte de mercadorias, designadamente, como garantiu Pedro Marques, em virtude da redução estimada do tempo de trajeto.

Este investimento, que será desenvolvido no âmbito do plano Ferrovia 2020, terá um custo a rondar os cerca de 90 milhões de euros, e, segundo Pedro Marques, será a “maior obra de ferrovia lançada em Portugal em quase uma década”.

Para além das vantagens claras que estas obras de modernização vão trazer para as populações, que vivem e trabalham nesta duas cidades do interior, elas vão ainda ajudar, segundo o titular da pasta das Infraestruturas, a “descongestionar” o transporte de mercadorias na Linha do Norte, permitindo que as intervenções que o Governo está a planear empreender, nos próximos anos, na Linha da Beira Baixa, venham de futuro a “potenciar o desenvolvimento económico” desta vasta e importante região do interior do país.

Aproximar Portugal pela ferrovia

A intervenção na Linha da Beira Baixa, ainda segundo o ministro Pedro Marques, terá um custo na modernização do troço de cerca de 65 milhões de euros, mais 23 milhões de euros em estudos, projetos, expropriações e sinalização, “além de outras intervenções”, estando ainda contemplada a renovação integral de 36 quilómetros de via e a eletrificação da ferrovia que faz a ligação entre as cidades da Guarda e da Covilhã, desativada desde 2009, havendo ainda lugar para o projeto de “concordância daquela via com a Linha da Beira Alta”.

Em relação a este último projeto, Pedro Marques fez ainda questão de assegurar que a ligação entre as linhas da Beira Alta e da Beira Baixa vai “contemplar a construção de uma via com 1500 metros”, obra que passará nas “proximidades da cidade da Guarda”, e que incluirá um viaduto ferroviário sobre o rio Diz, o que vai facilitar, como garantiu o ministro, a “capacidade ferroviária de e para a fronteira de Vilar Formoso”.

Promessa cumprida nas portagens

Noutra vertente, Pedro Marques lembrou que o Governo “cumpriu a promessa” de baixar o preço das portagens no interior para as viaturas ligeiras, tendo ainda havido lugar a significativas reduções no preço a pagar pelos transportes de mercadorias, que beneficiaram ainda do alargamento do período do dia para essas reduções.

Reconhecendo que é “legítimo” que as pessoas tenham a ambição de perspetivar uma redução no preço das portagens, o ministro Pedro Marques assinalou, contudo, que esse desejo e ambição chocam, de momento, com a necessidade que o país tem de “manter as suas finanças públicas equilibradas”.