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Moção de confiança foi provocatória e arrasta o país para crise política

Moção de confiança foi provocatória e arrasta o país para crise política

A presidente do Grupo Parlamentar do PS, Alexandra Leitão, afirmou que o debate da moção de confiança é “a prova de que o Governo e o primeiro-ministro estão desesperados”, e explicou que o Partido Socialista “não quer esclarecimentos para si”, mas sim para o país e, por isso, “têm de ser públicos”.

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Depois de Luís Montenegro não ter respondido nem na Assembleia da República, nem aos jornalistas, nem ao país, “apresentou uma moção de confiança de forma provocatória, porque prefere uma crise política e arrastar o país para eleições do que sujeitar-se a uma Comissão Parlamentar de Inquérito”, criticou Alexandra Leitão, intervindo no final do debate de terça-feira.

De acordo com a líder parlamentar do PS, ficou provado que “o Governo e o primeiro-ministro estão desesperados”. Durante o debate, tentaram suspender os trabalhos para “fazer uma reunião privada” com o Secretário-Geral do Partido Socialista, “não se sabe bem para quê”, num procedimento “que não é nem claro, nem transparente”.

Avisando que “a democracia é formalismo, são procedimentos claros e públicos”, Alexandra Leitão dirigiu-se ao primeiro-ministro para clarificar que “o Partido Socialista não quer esclarecimentos para si, quer esclarecimentos para o Parlamento, para o país e para os portugueses e, portanto, têm de ser públicos”.

O Partido Socialista e o seu Secretário-Geral sempre disseram como votariam uma moção de confiança. Por isso, “apresentá-la só pode ser vontade de fugir àquilo que é um instrumento parlamentar normal, transparente e democrático, que é uma Comissão Parlamentar de Inquérito”, vincou.

Alexandra Leitão deixou, assim, um repto ao primeiro-ministro: “Se quer prestar esclarecimentos, faça-o publicamente, de acordo com as tramitações públicas, legais e regulamentares sujeitas à Comissão Parlamentar de Inquérito e retire a moção de confiança”.

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