Missão de pacificação na RCA prestigia as Forças Armadas portuguesas
As tropas portuguesas estão integrados nas missões das Nações Unidas e da União Europeia de apoio à pacificação naquele país africano, tendo António Costa salientado o reconhecimento do seu “profissionalismo e prestígio” por parte das autoridades locais e dos altos responsáveis da ONU.
Combater o terrorismo e as causas das migrações
O primeiro-ministro atribuiu à participação portuguesa nas missões um duplo significado, destacando, em primeiro lugar, o contributo para assegurar condições de paz e desenvolvimento em territórios cuja instabilidade é geradora de fenómenos migratórios, diminuindo na raiz as causas profundas da busca de proteção.
Por outro lado, salientou, corresponde também a “uma missão de solidariedade de apoio ao combate ao terrorismo internacional”, em resposta ao apelo do Governo francês, após os atentados terroristas em Paris, para que os militares franceses presentes neste país pudessem ser enviados para uma missão de combate direto ao grupo extremista Estado Islâmico.
“Ajudar a estabilidade do continente africano, para combater nas causas aquilo que está na origem da vaga de refugiados, ajudar a combater o terrorismo internacional, servir as organizações multilaterais de que fazemos parte, como as Nações Unidas e a União Europeia, é uma missão que nos honra e que, graças ao profissionalismo e à enorme capacidade das nossas Forças Armadas, Portugal tem condições de desempenhar”, sublinhou.
No jantar que teve com os militares portugueses, António Costa deixou “uma palavra muito particular de apreço aos elementos dos comandos que integram as unidades de combate”, uma tropa de elite “que há muitas dezenas de anos orgulham Portugal e as forças armadas portuguesas e continuarão a ser um motivo de orgulho”.
Regresso de empresários portugueses
O primeiro-ministro, que esteve acompanhado pelo ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, foi recebido pelo seu homólogo, Simplice Mathieu Sarandji, e pelo ministro da Defesa centrafricano, Joseph Yakete, aproveitando o encontro para abordar o aprofundamento das relações bilaterais.
Correspondendo ao convite manifestado pelo seu homólogo, de que os empresários portugueses regressem à República Centro Africana, país onde a presença lusa tem raízes bastante antigas, António Costa afirmou ter esperança de que, uma vez estabilizado o país, existam outras condições para desenvolver a atividade.
“A nossa relação com África não se esgota, obviamente, nos países de expressão oficial portuguesa, mas é uma relação de vizinhança que queremos cultivar com todos os países africanos, referiu.