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Ministro destaca esforço da Universidade de Coimbra para ser neutra em carbono

Ministro destaca esforço da Universidade de Coimbra para ser neutra em carbono

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, considerou hoje ser "relevante" que uma Universidade como a de Coimbra "tudo faça", com o objetivo de ser neutra em carbono.
Ministro do Ambiente e Transição Energética, Matos Fernandes, cumprimenta cidadão à chegada para o lançamento do concurso para a dragagem

O ministro falava hoje à margem de um evento em Lisboa, onde foi questionado sobre a decisão de eliminação da oferta da carne de vaca nas cantinas da Universidade de Coimbra, que já foi contestada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e outras fileiras pelo impacto nas atividades económicas do país.

“Parece-me relevante que uma universidade, neste caso a de Coimbra, tudo faça com o objetivo de ser neutra em carbono em 2030. Esta é uma medida, obviamente outras terão que lhe seguir”, disse o governante, sublinhando no entanto a autonomia das universidades sobre esta matéria.

“Nós temos que evoluir para uma sociedade que seja neutra em carbono. Temos metas ambiciosas e todos os setores têm que contribuir”, disse.

Na terça-feira o reitor da Universidade de Coimbra anunciou que vai eliminar o consumo de carne de vaca nas cantinas universitárias a partir de janeiro de 2020, por razões ambientais.

Segundo o reitor da universidade, Amílcar Falcão, a eliminação do consumo de carne nas cantinas universitárias será o primeiro passo para, até 2030, Coimbra se tornar “a primeira universidade portuguesa neutra em carbono”.

A carne de vaca será substituída “por outros nutrientes que irão ser estudados, mas que será também uma forma de diminuir aquela que é a fonte de maior produção de CO2 que existe ao nível da produção de carne animal”.

Objetivos de desenvolvimento sustentável devem transformar-se em negócio

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, sublinhou hoje que é fundamental transformar as preocupações subjacentes aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) em negócio.

“E negócio não quer dizer lucro, negócio quer dizer montar uma estrutura própria para conseguirmos os nossos objetivos. Isto é, montar uma sucessão de processos que podem ser empresariais ou de índole social com o objetivo de cumprir os ODS”, continuou.

O ministro do Ambiente e da Transição Energética falava aos jornalistas à margem da apresentação do evento Planetiers – World Gathering, que decorrerá em Lisboa entre 23 e 25 de abril.

Durante o discurso, o governante salientou a importância das preocupações ambientais terem que estar presentes no dia a dia das pessoas e das empresas de uma forma permanente.

“Eu não tenho a mais pequena dúvida que as matérias ambientais têm mesmo que deixar de ser uma preocupação de domingo à tarde não só pelos compromissos que temos connosco próprios, mas para que possamos prosperar e ter bem estar económico. Não temos outra forma de o fazer”, disse.

Em declarações aos jornalistas, o responsável da Planetiers, Sérgio Ribeiro, disse que pretende tornar a iniciativa num evento internacional e alcançar mais de 10 mil pessoas, que vão passar a estar informados.

“Saber que produtos podem usar no dia a dia, por exemplo, o que existe e está disponível, mas queremos também histórias de ‘startup’ e projetos sustentáveis que possam ter impacto na sociedade e no mercado”, disse.