home

Ministro das Infraestruturas está a degradar e a minimizar o preço da TAP

Ministro das Infraestruturas está a degradar e a minimizar o preço da TAP

O Governo da AD está “a fazer o máximo para vender a TAP pelo preço mínimo”, acusou hoje o presidente da bancada do PS Eurico Brilhante Dias, que criticou o executivo por se comportar “como um vendedor que degrada o produto que quer vender”.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

Numa declaração à comunicação social, Eurico Brilhante Dias comentou que o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas e Habitação “não perceberam aquilo que o Secretário-Geral do Partido Socialista, com sentido de Estado, tem vindo a dizer: devemos maximizar o esforço de investimento dos portugueses e o investimento que foi feito, respeitando as nossas comunidades, o hub em Lisboa e o sentido estratégico que tem para Portugal ter uma companhia aérea”.

“O primeiro-ministro e o ministro Miguel Pinto Luz estão, ou parecem estar a fazer o máximo para vender a TAP pelo preço mínimo”, lamentou.

Eurico Brilhante Dias recordou que Luís Montenegro disse que “a TAP não pode ser um poço sem fundo” e o ministro das Infraestruturas afirma que, “afinal, a TAP não vale 3,2 mil milhões de euros”.

O líder parlamentar do PS mencionou que Miguel Pinto Luz “é conhecido por ter vendido por 10 milhões de euros 60% da TAP, com garantias públicas, num Governo que tardou 20 dias em ser derrubado”.

“Com sentido de Estado, cabe ao Governo e à República maximizar o dinheiro investido que permitiu proteger a TAP”, reafirmou Eurico Brilhante Dias.

Contradições do Governo

Já no debate de urgência sobre a privatização da transportadora nacional, realizado esta sexta-feira, a pedido do Chega, o deputado socialista Frederico Francisco apontou, também, as contradições ao Governo e ao PSD, notando que o executivo da AD diz querer defender a TAP enquanto ativo estratégico para o país, mas que, se pudesse, cedia a totalidade da posição do Estado.

Depois de ontem o Governo ter anunciado a privatização de 49,9% da companhia aérea, Frederico Francisco comentou que quando se parte para “este debate já se sabe que a direita se junta para acusar os governos do PS de terem enterrado, como dizem, 3.200 milhões de euros a resgatar a TAP”.

Dirigindo-se a estas bancadas, o socialista explicou: “A TAP foi resgatada pelo Estado, em primeiro lugar, porque tem um papel insubstituível na economia do país. A TAP é responsável, todos os anos, por um valor de exportações que é superior ao valor do resgate. A TAP é hoje a principal transportadora aérea entre a Europa e o Brasil, com o hub em Lisboa”.

“Se o PSD e o Governo, e já agora o Chega, concordam e destacam a toda a hora a importância estratégica da TAP, eu digo que deviam estar aqui a aplaudir a coragem que o Governo do PS teve em salvar a companhia”, afirmou.

Frederico Francisco recordou que o resgate da TAP aconteceu durante a pandemia de Covid-19 “e num momento em que o seu acionista privado se mostrou indisponível para cumprir a sua parte na capitalização da empresa”. Se não tivesse havido a coragem de resgatar a TAP, “não haveria sequer dinheiro dos contribuintes para tentar recuperar”, sustentou.

TAP voltou a dar lucro

O deputado do PS sublinhou que “hoje temos uma TAP capitalizada, novamente rentável, que está a dar lucro e que mantém a sua atividade económica em Portugal”.

Apesar das declarações de ontem do primeiro-ministro, que reconheceu a importância da companhia para o país, “ficou claro, desde a conferência de imprensa e depois da entrevista do ministro das Infraestruturas à RTP, que o objetivo do Governo continua a ser a privatização total da TAP”, assinalou o socialista.

“Esta é a contradição fundamental da posição do Governo e da AD: o Governo quer defender a TAP enquanto ativo estratégico e indispensável para o país, mas, se pudesse, cedia a totalidade da posição do Estado e com ela qualquer possibilidade de influenciar as decisões da empresa, ou sequer de garantir que ela continua a existir como companhia autónoma”, denunciou.

Frederico Francisco acrescentou que o Governo “quer vender 100% da TAP e quer ficar com ela”. “Nós sabemos que isso é impossível, é por isso que continuaremos a defender as decisões que tomámos quando éramos Governo”, garantiu.

O deputado socialista comentou ainda a “sorte” que o Governo da AD teve: “Graças à TAP, a notícia de ontem de que a Comissão Europeia não aprovou a mais recente candidatura a fundos europeus para a linha de alta velocidade de Porto-Lisboa passou despercebida”.

ARTIGOS RELACIONADOS