Ministro das Infraestruturas e da Habitação apresenta OE2020 para a área das infraestruturas e habitação
Pedro Nuno Santos recorreu à matriz do Partido Socialista para deixar claras as prioridades do Governo em matéria de investimento na sua área de governação: “o Estado para nós não é um empecilho, é um instrumento para tratar de todos”, começou por referir o ministro das Infraestruturas e Habitação. Perante a plateia de militantes e dirigentes socialistas que assistiram à sessão, o titular da pasta das Infraestruturas assumiu a existência de problemas graves no que respeita à mobilidade na área Metropolitana de Lisboa e lembrou o desinvestimento de que a ferrovia foi vítima ao longo de décadas, transformando-se numa fonte de dificuldades para os utentes e para o próprio Estado.
“Não há transporte mais seguro, mais sustentável e mais económico do que a ferrovia”, sublinhou Pedro Nuno Santos para dar nota de que o Governo tem como prioridade investir na ferrovia: “estão encomendados 22 novos comboios para os percursos regionais e vamos colocar na rede material circulante recuperado”, rematando a dizer que “não há nada num comboio que nós consigamos fazer cá dentro”. O ministro dava conta assim da importância estratégica da indústria ferroviária nacional, cuja reanimação pretende continuar a impulsionar como forma de “aproveitar recursos, melhorar o que temos e preparar o futuro”.
Nesta área governativa, o investimento público na ferrovia não é a única prioridade do Governo e do ministro Pedro Nuno Santos, que apontou o problema da habitação como uma “situação gravíssima, com preços escandalosos”, que condiciona fortemente a vida das famílias portuguesas. O governante deu nota de que o Governo vai investir “na edificação de um parque público de habitação”, tendo em conta que “temos dezenas de milhares de imóveis públicos que estão fechados”, pelo que “vamos usar uma dotação orçamental para colocar em prática um programa de rendas acessíveis”. Pedro Nuno Santos concluiu a intervenção praticamente como começou, dizendo que “está nas nossas mãos dizer como queremos viver”.