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Ministro da Saúde tranquiliza cidadãos e reitera apelo à vacinação

Ministro da Saúde tranquiliza cidadãos e reitera apelo à vacinação

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes assegurou ontem que “não há motivo para preocupação” em relação ao surto de sarampo detetado na região norte, que estará já em “fase de controlo” e confinado, aproveitando para realçar a importância da vacinação.
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“Todos temos de ter noção de que as vacinas são um escudo contra este tipo de ataque, pois os vírus existem e as doenças transmissíveis por estes não foram totalmente erradicadas”, afirmou Adalberto Campos Fernandes, à margem de uma iniciativa em Lisboa, 

“É fundamental vacinar. Só defendemos bem as comunidades e as populações se for clara a convicção de que a vacina é segura, protetora e eficaz”, referiu.

O ministro sublinhou a este propósito que Portugal é “um bom exemplo” em matéria de vacinação, apontando que na região norte, onde se identificou este surto, a taxa de pessoas vacinadas contra o sarampo ronda os 98%.

“O vírus do sarampo tende a infetar pessoas não vacinadas, pelo que temos a convicção de que este surto se possa controlar com maior rapidez”, explicou o governante, realçando que “a palavra mais importante para os portugueses é de confiança no sistema de saúde público e nas autoridades de saúde”.

53 casos confirmados, mas estáveis

Segundo dados da Direção-Geral de Saúde, registam-se 53 casos de sarampo confirmados, todos em adultos, de um total de 145 situações suspeitas. Encontram-se internados cinco doentes, com situação estável, permanecendo 41 casos a aguardar resultado laboratorial.

“O número de casos de sarampo é previsível, relativamente às curvas que tinham sido previstas para um surto deste tipo, que são até mais reduzidas às comparadas com outros países, em função da elevada taxa de vacinação existente no país”, referiu, por seu turno, o secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo.

O governante sublinhou o elevado trabalho que tem sido feito pelas autoridades de saúde pública na identificação dos contactos entre os doentes afetados pelo surto, na promoção de uma vacinação ativa e na circunscrição deste surto ao norte de Portugal.