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Ministra é, a partir de hoje, responsável por todos os prejuízos nos cuidados de saúde

Ministra é, a partir de hoje, responsável por todos os prejuízos nos cuidados de saúde

O deputado do PS João Paulo Correia avisou hoje que a saída da direção executiva do SNS “provoca um retrocesso” na reforma que está em curso na saúde e considerou “assustador” o silêncio da ministra da tutela, que falta a debates no Parlamento agendados pelo PSD e não compareceu à reunião com a direção executiva para receber o relatório de atividade que a própria governante requereu.

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A audição desta manhã do diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, na Comissão de Saúde “permitiu perceber que existe uma reforma em curso no Serviço Nacional de Saúde com ganhos muito claros para a eficácia da gestão do SNS”, sublinhou João Paulo Correia em declarações à comunicação social.

O coordenador dos socialistas na Comissão de Saúde deu um exemplo apontado por Fernando Araújo: “Até esta reforma estar em curso, a contratação de médicos demorava meses ou até mais de um ano”, mas hoje, com esta reforma, demora três dias, algo que, “aos olhos dos portugueses, é certamente um ganho brutal na eficácia da gestão do Serviço Nacional de Saúde”.

O deputado do Partido Socialista mencionou depois que Fernando Araújo entregou ontem o relatório de atividade da direção executiva. No entanto, “a ministra não compareceu à reunião que agendou com o Dr. Fernando Araújo e com a direção executiva para receber o relatório de atividade que a própria ministra da Saúde tinha pedido”.

“Isto é revelador do desinteresse do Governo em conhecer o balanço da reforma em curso”, alertou.

Para João Paulo Correia, “nunca esteve em causa a reforma nem o balanço da reforma, para o Governo e para a ministra da Saúde esteve sempre em causa afastar o Dr. Fernando Araújo e a direção executiva”, dando continuidade à “estratégia de saneamentos políticos” que o Governo tem concretizado noutros setores.

Ora, “ficou claro nesta audição que a ministra da Saúde não partilhou minimamente com a direção executiva as decisões que o Governo se prepara para tomar não só no âmbito do plano de emergência – que desconhecemos por completo –, como também aquelas que são as grandes decisões para o Serviço Nacional de Saúde”, denunciou.

João Paulo Correia salientou que o Governo esconde essas decisões não só da direção executiva do SNS, como também do Parlamento, uma vez que a governante ainda não foi à Assembleia da República, “apesar de o PSD ter agendado um debate sobre o estado do SNS ao qual a ministra não compareceu”.

Para o deputado do PS, a ausência da ministra da tutela “é um indicador de que temos de estar muito preocupados sobre aquilo que aí vem por parte do Governo para o Serviço Nacional de Saúde”.

“Este silêncio é assustador”, observou o socialista, lembrando que a ministra vai ao Parlamento dentro de quinze dias a requerimento do PS.

“A saída da direção executiva interrompe e provoca um retrocesso nesta reforma, com naturais prejuízos para os cuidados de saúde”, alertou João Paulo Correia, acusando a ministra da Saúde de, a partir de hoje, ser “responsável por todos os prejuízos nos cuidados de saúde do nosso país”.

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