Numa declaração à comunicação social após a reunião no Infarmed, em Lisboa, onde o Governo ouviu os especialistas sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal, Marta Temido enfatizou a “capacidade” que o processo de vacinação tem demonstrado “em reduzir em três vezes” o risco de internamento e de óbito, reforçando que a efetividade vacinal está a ser um aspeto “determinante para continuar a caminhar e a lutar contra a infeção”.
“Tem sido fundamental o trabalho dos profissionais de saúde e tem sido também fundamental aquilo que temos conseguido obter, em termos de disponibilização de maiores quantidades de vacinas, não só através de processos de compra, mas também através de entendimentos com outros países”, destacou a governante.
Vacinação de jovens
Sobre a vacinação dos mais jovens, a ministra afirmou que a mesma “já está clarificada” para a faixa etária dos 16 aos 18 anos, assim como a vacinação entre os 12 e os 16 anos, para crianças com comorbilidades, que “vão ser agora listadas pela Direção-Geral da Saúde”.
Relativamente aos restantes grupos, Marta Temido adiantou que “os técnicos estão ainda a analisar o risco/benefício”, sendo que todas estas questões serão abordadas em Conselho de Ministros.
“Todos queremos ter essa informação o quanto antes e estamos preparados para vacinar estas faixas etárias em termos logísticos, dependemos agora desta avaliação técnica e há também uma decisão que pode ser tomada para além dessa decisão técnica”, referiu.
Remetendo as novas decisões para a próxima reunião do executivo, a ministra antecipou uma “uniformidade” das medidas a adotar, referindo que a atual situação traz já “alguma esperança”, na qual “podemos perspetivar a forma como o regresso às nossa vidas com normalidade se torna cada vez mais próximo e como começamos também a preparar o inverno”.