Ministra da Saúde apela aos portugueses para que vivam o Natal de “forma refletida e cuidadosa”
De acordo com a ministra Marta Temido, que falava ontem à margem da inauguração do novo Serviço de Urgência Geral do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), na Amadora, seria compreensível que no tempo de festa como é o do Natal, “que nos leva a querer estar com os mais próximos”, as famílias quisessem, como é habitual, estar de novo reunidas, algo que na opinião da ministra não é de todo aconselhável este ano, lembrando que o país continua a debater-se com uma “grave crise de saúde pública”, recomendando que esta quadra natalícia seja vivida de forma “mais refletida e cuidadosa”.
Depois de salientar que, apesar de a anunciada vacina constituir uma “luz ao fim do túnel”, continua, contudo, como insistiu, a ser necessário que os portugueses “não relaxem os cuidados sanitários”. Marta Temido lembrou a este propósito que o sistema de saúde continua envolto numa “grande pressão”, o que justifica, como adiantou, que ninguém deixe de ter o “máximo cuidado com a sua vida diária”, uma atitude que representa não só “a defesa dos próximos natais”, mas mostra também uma clara manifestação de “respeito quer pelas nossas famílias, quer pelos profissionais de saúde”.
Resiliência dos sistemas de saúde
Quanto à inauguração do novo serviço dedicado a doentes respiratórios, “alguns deles covid-19”, do HFF, a ministra Marta Temido enalteceu o trabalho conjunto do Poder Central e das Câmaras Municipais da Amadora e de Sintra, autarquias que se juntaram ao Estado para financiar uma obra orçada em mais de um milhão de euro, elogiando também a “dedicação e o profissionalismo inexcedível” de todos os profissionais do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, considerando esta cooperação um exemplo de como as autarquias “devem complementar as medidas que o Governo tem decretado”.
Uma união, ainda segundo a ministra da Saúde, que nesta obra do HFF veio revelar desde logo “a indiscutível vantagem” em se ter trabalhado em conjunto, o que na perspetiva da governante representou e representa “uma lição para o futuro que ficará” e que “nos obriga a que jamais voltemos a trabalhar em saúde de outra forma”. Sendo ainda “ilustrativa”, como acrescentou, da forma como se “deve tornar os sistemas de saúde mais resilientes” para que se “adaptem melhor” às necessidades, combinando, como no caso do novo Serviço de Urgência Geral do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, uma “área de resposta aos doentes respiratórios, alguns Covid-19, com uma resposta a outros doentes não Covid-19”.