Ministra da Saúde afasta riscos para unidades de cuidados continuados
“De forma nenhuma, os cuidados continuados correspondem a uma aposta da atual legislatura, que já vinha de trás, que exigem um grande desenvolvimento e forte investimento, na medida em que são estruturas recentes”, disse a governante aos jornalistas.
À margem do encontro “Liderança e Governação Clínica – Um compromisso com o SNS”, promovido pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a ministra da Saúde disse que o Governo está apostado no “desenvolvimento dessas estruturas na capacidade de resposta de camas e outras áreas de prestação e isso envolve algumas dificuldades e tempo”.
“Temos de fazer o caminho de superar essas situações que causam constrangimentos no terreno, mas isso é algo que estamos apostados em fazer”, sublinhou Marta Temido.
A governante não confirmou o valor da dívida, mas disse que as situações de “estrangulamento são para resolver”, salientando que a situação [financeira] do Serviço Nacional de Saúde tem levado a “alguns constrangimentos”.
“[O fecho de algumas unidades] seria totalmente indesejável e tenho a certeza de que isso não irá acontecer, porque estamos cá para responder por problemas que possam existir e por respostas que precisamos e com as quais contamos”, frisou.
À entrada para o encontro “Liderança e Governação Clínica – Um compromisso com o SNS”, a ministra da Saúde foi também confrontada com um pequeno protesto do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), tendo dialogado com o seu coordenador regional, Paulo Anacleto.
Na curta conversa, Marta Temido salientou o “caminho de aproximação” entre o Governo e as posições dos enfermeiros “vai ser sempre prosseguido”.
“Neste momento, está-se a tentar concluir uma negociação sobre um conjunto de temas”, disse a governante, que ouviu o representante regional do SEP apelar ao Ministério “para não fechar portas para concluir coisas que estão pendentes, sob pena de manter e agravar injustiças tremendas a esta classe que tanto dá ao SNS”.