Ministério quer reduzir peso excessivo das mochilas dos alunos
“Mochila leve – sugestões para levar às costas” é o ‘slogan’ da campanha criada pelo ministério que acredita que “mudanças de hábitos simples, rotinas facilmente alteráveis e atenção aos pormenores podem fazer a diferença”.
“Promover o uso partilhado dos manuais de forma rotativa, alternando o dia em que diferentes alunos levam os livros para a aula” é uma das nove recomendações do Ministério da Educação para os professores e diretores escolares.
Incentivar o uso dos cacifos, garantir que os livros ficam na escola sempre que possível assim como “distribuir preferencialmente a mesma sala a cada turma, para que os materiais possam ser deixados na sala nos intervalos”, são outras das sugestões dirigidas a quem está diariamente nas escolas.
Aos professores é ainda proposto que planifiquem as aulas prevendo se os manuais serão utilizados, para evitar que os alunos os carreguem desnecessariamente.
Mas também há recomendações para pais e alunos. No total, a campanha “Mochila Leve” apresenta 22 medidas de planificação, gestão do material escolar e iniciativas que envolvem os encarregados de educação e quem trabalha nas escolas.
Aos pais e alunos é recordado como usar a mochila para reduzir o impacto do peso na coluna – “usar a mochila carregada à altura do dorso” e com as duas alças sempre colocadas -, além da importância de distribuir adequadamente o material dentro da mochila, colocando o mais pesado junto às costas.
Na hora de comprar o material escolar, optar por mochilas com rodas ou ergonomicamente adequadas, comprar material escolar leve e dossiês que permitam que se utilize um caderno único ou separadores são outras das dicas.
Às associações de pais o ministério sugere que promovam ações de sensibilização.
A campanha está desde hoje disponível em ‘sites’ e serviços do Ministério da Educação, em particular na “MEGA – Manuais Escolares Gratuitos” (https://manuaisescolares.pt/), a plataforma que este verão está a ser utilizada pelas famílias dos cerca de 1,2 milhões de alunos do 1.º ao 12.º anos que vão receber manuais.
Em comunicado enviado para as redações, a tutela recorda algumas medidas já implementadas que contribuem para a redução do preso das mochilas: “Os livros são hoje mais leves e estão divididos em volumes; já são disponibilizadas licenças digitais gratuitas associadas aos manuais, abrindo caminho à sua progressiva desmaterialização; e o uso de cacifos é uma prática cada vez mais frequente nas escolas”.