Ministério cria grupo de avaliação às urgências hospitalares de Lisboa
O Executivo responde assim a um conjunto de situações graves que têm vindo a ser identificadas e noticiadas, com consequências fatais por falta de assistência especializada urgente em algumas unidades hospitalares de Lisboa. Algo que o ministro classificou como “incompreensível” e que “não pode voltar a acontecer”, acrescentando que alguns cortes efetuados no sector da Saúde ao longo dos últimos anos “foram longe demais”.
O ministério liderado por Adalberto Campos Fernandes atribui caráter prioritário às especialidades em que se estão a verificar maiores dificuldades, ponderando a gravidade e urgência de algumas doenças, a sua frequência e a escassez de profissionais habilitados. A avaliação e a ponderação destes fatores obrigará, no entender do ministério, “a que o SNS se organize de modo a garantir uma resposta pronta e coordenada”.
O comunicado acrescenta ainda que “este processo exige que se proceda a uma profunda reorganização dos cuidados de saúde hospitalares nas várias regiões do país, apostando nos princípios da cooperação interinstitucional, da organização em rede e da partilha dos recursos disponíveis no SNS”.
O grupo coordenador agora constituído será liderado pelos diretores clínicos dos cinco maiores hospitais da área metropolitana e acompanhado pela administração regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e pelo coordenador nacional para a reforma do Serviço Nacional de Saúde.