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Migrantes da CPLP vão ter “estatuto de proteção” com garantia de direitos

Migrantes da CPLP vão ter “estatuto de proteção” com garantia de direitos

Os cidadãos imigrantes de países da CPLP vão beneficiar de um “estatuto de proteção até um ano”, equivalente ao dos cidadãos que entraram no país para fugir à guerra da Ucrânia, ao abrigo do qual terão acesso direto à segurança social, saúde e número fiscal.

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José Luís Carneiro e João Torres

O anúncio foi feito este sábado pelo dirigente socialista e ministro com a tutela da Administração Interna, José Luís Carneiro, por ocasião do Fórum das Migrações, iniciativa promovida pelo PS, referindo que “a solução foi encontrada e será tornada pública nos próximos dias”, tendo sido desenvolvida em conjunto com a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e o secretário de Estado da Modernização Administrativa.

“Significará uma resposta para 150 mil pessoas. Cerca de 50% das manifestações de interesse que temos pendentes no Serviço de Estrangeiros e Fronteira têm origem nos países da CPLP”, salientou.

Intervindo na sessão de abertura do Fórum, dedicado ao tema ‘Defender as Pessoas, Responder com Inclusão e Solidariedade’, José Luís Carneiro reiterou que este novo modelo de regularização de imigrantes tem também previsto um modelo de resposta simplificada para os cidadãos oriundos de outros países, apontando o final de março como data para concluir este dossiê, antes de se fechar o processo legislativo de constituição da Agência para as Migrações e Asilo e que marcará a extinção do SEF, distribuindo as suas funções policiais entre PSP, GNR e Polícia Judiciária.

“Concluiremos com sucesso esta reforma (…), separando as funções humanitárias das policiais, mas fazemo-lo com segurança e tranquilidade sem provocar sobressaltos numa função crucial de soberania do país e responsabilidades internacionais do Estado”, afirmou o dirigente e governante socialista.

José Luís Carneiro salientou, por outro lado, o compromisso do Governo em afirmar Portugal como “exemplo de país humanista, compreensivo, aberto ao mundo”, defendendo que esta é a tradição humanista de Portugal, até pelos mais de cinco milhões de portugueses e lusodescendentes espalhados pelo nome.

“Todos aqueles que publicamente fazem afirmações que colocam em causa esta visão humanista não podem considerar-se respeitadores daquela que é uma tradição profunda do povo português”, defendeu, num recado ao discurso de alguns partidos políticos, apelando a que a bússola do país continue a ser o artigo 13º da Constituição, que estabelece que “todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei”.

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