O protocolo de cooperação entre os municípios de Loures e de Odivelas com o Governo, que prevê a ligação por Metro de superfície entre Odivelas e Loures, foi assinado esta segunda-feira, dia 5 de julho, em Loures.
Na cerimónia, António Costa não escondeu a emoção e salientou a importância do momento.
“Não escondo a emoção de ver finalmente encarrilado o metro ligeiro até Loures. É um dia histórico, um sonho antigo que vai passar ao papel e do papel ao território”, disse o primeiro-ministro.
A obra fica a cargo do Metro de Lisboa e corresponde a um investimento de 250 milhões de euros, realizada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e deverá estar concluída até 2025.
“Este Programa de Recuperação e Resiliência impõe-nos a todos uma enorme responsabilidade. Nós temos três anos para assumir compromissos e mais três para executar totalmente. Aqui não pode haver mais atrasos, não pode haver mais demoras e aqui não pode haver novos passos atrás”, afirmou o líder socialista.
O projeto apresentado prevê a criação de cerca de 12 quilómetros de traçado e duas ligações em “C”: uma que fará o percurso Odivelas – Ramada – Santo António dos Cavaleiros – Hospital Beatriz Ângelo e, a outra, que irá percorrer Odivelas – Póvoa de Santo Adrião – Santo António dos Cavaleiros – Loures – Infantado.
Trabalho a “três mãos”
Presente na cerimónia, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, salientou a importância do investimento e do “trabalho em conjunto com as autarquias”.
“Quando se trata de uma linha de metro de superfície, que vai passar pelas ruas que já existem, ao lado das vias que já existem, passar junto a territórios que já estão construídos, é essencial fazer este trabalho em conjunto com as autarquias. O projeto tem de ser feito a três mãos”, disse Matos Fernandes.
O ministro sublinhou, ainda, que o metro ligeiro de superfície foi a melhor opção para garantir a ligação.
“Se nós fizéssemos o metro convencional com estes 250 milhões de euros, aquilo que faríamos eram dois quilómetros do metropolitano e três estações. Com estes mesmos 250 milhões, faremos 12 quilómetros de rede, 18 estações, sete delas em Odivelas, 11 em Loures e servindo 175 mil pessoas”, salientou João Pedro Matos Fernandes.
O governante especificou que, dos 250 ME, cerca de 30 milhões se destinam à aquisição de 20 novas composições.
Loures e Odivelas destacam a importância do investimento
O presidente da autarquia de Loures, Bernardino Soares, sublinhou a “forte disponibilidade e empenho” do Metropolitano de Lisboa para a concretização da obra, tendo saudado “vivamente” a decisão do Governo de avançar com o projeto, inscrevendo-o no PRR.
“Não tenho dúvida de que foi decisivo o empenho do senhor ministro do Ambiente e, em particular, do senhor primeiro-ministro”, reconheceu o presidente da câmara municipal de Loures.
Por seu lado, o presidente da câmara municipal de Odivelas, Hugo Martins, considera que “o passo que aqui estamos a dar é muito importante”, quer para toda “a zona norte da Área Metropolitana de Lisboa”, quer para o concelho de Odivelas, onde, de acordo com o autarca socialista, a nova ligação vai permitir aliviar a pressão rodoviária e melhorar a qualidade ambiental