Vivemos, no dia de hoje, momentos inesperados e difíceis para a compreensão dos portugueses em geral e dos socialistas em especial.
São notícias que sobressaltaram a sociedade portuguesa e que perturbam as nossas consciências, suscitadas, no que ao Primeiro-Ministro se refere, através de um comunicado do gabinete de imprensa da PGR.
Apesar de, nesse contexto, não recaírem quaisquer acusações identificadas, formais ou concretas sobre a conduta do Primeiro-Ministro, António Costa entendeu, em defesa da integridade plena das instituições que lhe coube e cabe defender como Primeiro-Ministro em funções, e da honorabilidade pessoal que sabemos ser merecedor e de que somos testemunhas há muito, apresentar ao Presidente da República o seu pedido de demissão.
Cabe-me, como Presidente do PS, e, assim, interpretando o sentimento de todos os socialistas portugueses, prestar homenagem à exemplaridade do seu gesto e ao grande sentido de responsabilidade evidenciado. António Costa agiu de modo que compreendemos e reconhecemos como legitimo, por parte de quem sempre pôs em primeiro lugar a transparência e a credibilidade das instituições que sempre serviu ao longo da sua vida cívica e política.
Prestamos também o nosso reconhecimento, nesta fase em que cessará funções, ao seu enorme legado, como governante, ultrapassando dificuldades políticas e adversidades como as que vivemos em consequência da pandemia e dos conflitos armados ainda em curso. Portugal está melhor, Portugal superou aquelas dificuldades, Portugal reganhou não só confiança junto dos mercados como prestígio junto das instituições europeias e internacionais, e isso deveu-se à condução lúcida e firme que sempre empreendeu como líder do governo.
Prestamos, por fim, o nosso reconhecimento, pela forma como liderou ao longo destes anos, o Partido Socialista, e que teve a maior demonstração no apoio dos portugueses ao PS nas últimas eleições legislativas.
Continuamos a contar com António Costa para servir o País e ajudar o PS.