home

Mensagem de Natal do primeiro-ministro contrasta com a realidade

Mensagem de Natal do primeiro-ministro contrasta com a realidade

A presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista afirmou que a mensagem de Natal do primeiro-ministro, Luís Montenegro, contrasta com a realidade da ação do Governo e com a realidade descrita pelo Presidente da República num artigo de opinião publicado este Natal. Em declarações aos jornalistas na sede do PS, destacou que as palavras do chefe de Governo não correspondem ao cenário que o país enfrenta, particularmente em áreas como a Saúde, Habitação e Educação, e acusou o executivo de desviar a atenção das dificuldades reais vividas pelos portugueses.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

A dirigente destacou medidas recentes do governo que, segundo ela, representam um retrocesso em áreas essenciais, de que são exemplo a exclusão de imigrantes em vias de regularização do acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), referindo que esta decisão constitui uma “enorme mudança em termos de paradigma” e que “põe em causa o Estado social”. Referiu ainda que estas decisões são incompatíveis com os valores de igualdade e inclusão que deveriam orientar as políticas públicas.

Citando o artigo de opinião publicado pelo Presidente da República, reforçou a necessidade de “combater a discriminação, promover a igualdade e afastar exclusões”. Alexandra Leitão sublinhou ainda que o PS partilha esta visão e que as medidas do governo têm seguido em direção contrária, enquanto o executivo promove uma perceção de insegurança infundada que alimenta a “deriva de populismo securitário” e instrumentaliza as forças de segurança para criar distrações.

A saúde foi apontada como um dos temas mais preocupantes. A presidente do Grupo Parlamentar referiu que “este Natal foi o Natal em que as urgências obstétricas tiveram mais encerramentos nos últimos anos”, evidenciando o que considera ser a incapacidade do governo em enfrentar os problemas do Serviço Nacional de Saúde. Na habitação, destacou que “os preços das habitações atingiram valores recorde, impossibilitando a classe média de comprar casa”, e na educação, mencionou a falta de professores que afeta milhares de alunos em todo o país.

Por fim, acusou o governo de apresentar uma visão irreal e “bastante eleitoralista” sobre a situação do país, enquanto as suas ações têm pouco contribuído para resolver os problemas dos portugueses. Salientou que o momento exige não apenas discursos alinhados com a realidade, mas também medidas concretas que reforcem a solidariedade, a inclusão e o fortalecimento do Estado social.

ARTIGOS RELACIONADOS