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Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro I

Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro I

Prezados Concidadãos:

Cumpro com gosto e uma vez mais esta bela tradição de desejar a todos os portugueses e a todas as famílias um Feliz Natal e bom Ano Novo.

Este é o tempo de celebração dos valores da paz, da família, da fraternidade. É o tempo de celebração da esperança. E é de esperança a palavra que vos quero transmitir.

O ano de 2008 foi, todos o sabemos, um ano difícil. Sei bem o esforço que a todos tem sido exigido. É, por isso, que sinto que é meu dever, neste momento, deixar uma palavra de reconhecimento e de gratidão a todos quantos têm dado o seu melhor pelo País.

O mundo vive hoje uma grave crise económica e financeira. Os seus efeitos já se sentem também em Portugal. Mas a verdade é que, nos últimos três anos, o País ultrapassou a crise orçamental e pôs as contas públicas em ordem. Isso permite-nos agora responder melhor às dificuldades económicas que nos chegam de fora. Podemos agora usar mais recursos do Estado para apoiar o emprego, as empresas e as famílias.

Quero que saibam que neste momento difícil da Europa e do mundo, os Portugueses podem contar com a determinação do Governo.

Determinação no apoio à economia. Determinação, também, na defesa e na promoção do emprego. Mas, determinação, sobretudo, na protecção das famílias, especialmente às famílias de menores rendimentos, protegendo-as das dificuldades que sentem e ajudando-as nas suas despesas principais.

Foi por isso que aumentámos o abono de família, melhorámos a acção social escolar e diminuímos a despesa com os transportes escolares. Foi por isso que criámos as condições para que baixassem os juros com a habitação, generalizámos o complemento solidário para idosos, protegemos as poupanças, aumentámos o salário mínimo e actualizámos os salários da função pública acima da inflação.

É esta a orientação do Governo: reforço do investimento, apoio à economia e ao emprego, aumento da protecção social. Esta é a resposta adequada aos tempos difíceis que vivemos. Hoje, os Portugueses compreendem melhor porque foi preciso consolidar as finanças públicas, defender a segurança social pública, reformar os serviços públicos: justamente para que, no momento em que as famílias mais precisam do Estado, o Estado tenha as condições para intervir e ajudar quem precisa.

O ano de 2009 vai certamente ser um ano difícil e exigente para todos.

Mas o nosso dever é não ficarmos à espera que os problemas se resolvam por si próprios. Pela minha parte, e pela parte do Governo quero garantir-vos que não temos outra orientação que não seja defender o interesse nacional neste momento particularmente difícil. E defender o interesse nacional é usar todos os recursos ao nosso alcance, com rigor, sentido de responsabilidade e iniciativa, para ajudar as famílias, os trabalhadores e as empresas a superarem as dificuldades, e para incentivar o investimento económico que gera riqueza e emprego.

É em momentos difíceis e exigentes que se espera de todos uma atitude de confiança, uma capacidade de entreajuda, um sentido de responsabilidade solidário. O País precisa dessa atitude, desse empenhamento e dessa determinação.

E há boas razões para termos confiança. Os Portugueses já conseguiram enfrentar e resolver uma grave crise orçamental. Saberão agora, com o seu talento e o seu trabalho, superar os efeitos negativos da crise económica internacional.

Nesta época em que todas as famílias comemoram o espírito do Natal devemos valorizar tudo aquilo que nos une como povo e como comunidade e contribuir solidariamente para o bem-estar colectivo e para um futuro de esperança e de prosperidade.

Saúdo, pois, todos os Portugueses,  a todos peço empenhamento e coragem, e a todos deixo uma palavra de estímulo e confiança. Aos que sofrem com a doença, a pobreza ou a solidão, exprimo uma palavra particular de profunda solidariedade.

Saúdo especialmente os militares das Forças Armadas e os elementos das Forças de Segurança que se encontram no estrangeiro, em missões de paz, honrando e dignificando o nome de Portugal. Saúdo também as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo que em todos os continentes mostram a nossa capacidade de trabalho e iniciativa e o nosso carácter pacífico e solidário.

A todos vós caros compatriotas, renovo os votos de Feliz Natal e de Feliz Ano Novo. Boas Festas!