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Membros do Governo escondem-se sempre que há uma dificuldade

Membros do Governo escondem-se sempre que há uma dificuldade

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS João Torres acusou o Governo de não estar “em plenitude de funções para fazer face aos desafios” do país e defendeu uma “estratégia económica diferente” que proporcione melhores salários e que garanta que o Estado social e os serviços públicos funcionam.

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Durante uma interpelação do PCP ao Governo sobre a degradação social do país, esta quarta-feira, no Parlamento, João Torres acusou os membros do executivo da AD de se esconderem “sempre que há uma dificuldade”, à semelhança do primeiro-ministro, que tem “adotado uma postura de se resguardar ao máximo, não respondendo a jornalistas, não respondendo a praticamente ninguém sobre matérias de grande gravidade que têm atingido este Governo e esta governação”.

“Em Portugal, não dispomos de um Governo que esteja em plenitude de funções para fazer face aos desafios do presente e do futuro”, criticou. Para o vice-presidente da bancada do PS, isto é evidente desde o início da governação, “porque o PSD e o CDS não estavam preparados para governar o nosso país”, principalmente num “momento de incertezas” ao nível global.

De acordo com João Torres, quando chega a hora de “fazer reformas, quando toca a olhar para os sinais de incerteza, como o aumento do desemprego, como a crise da indústria automóvel, como a necessidade de reafirmarmos uma autonomia estratégica europeia plena na União Europeia, este Governo não tem nada a dizer aos portugueses e não faz nada em prol no nosso país”.

“O país precisava claramente de um Governo diferente, de um Governo que não se sentisse ele próprio oprimido”, assegurou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, recordando que o atual executivo quer privatizar a Segurança Social e o Serviço Nacional de Saúde – “embora sinta que ainda não tem o campo absolutamente aberto para o fazer”.

“Por muito que desvalorizem o discurso do Partido Socialista sobre a economia, o que precisamos é de uma estratégia económica diferente para proporcionarmos melhores salários aos nossos trabalhadores e para garantirmos também que o Estado social e os serviços públicos funcionam melhor, porque são em democracia – e ao contrário do que aqui afirmou a Iniciativa Liberal – o grande garante e a grande oportunidade de mobilidade social e de qualidade de vida para todos os cidadãos”, defendeu.

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