“Temos que ser claros e sérios naquilo que propomos. Não somos nós que dizemos que a construção de infraestruturas para fechar as fronteiras da UE é a solução para o problema das migrações. Mas há quem o diga. Há quem diga que a única diferença entre a AD e o PPE é que uns entendem que essas fronteiras devem ser construídas com dinheiro europeu e outros não”, afirmou Marta Temido.
Falando em Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, onde marcou presença na apresentação do Manifesto da Juventude Socialista para as Eleições Europeias, a candidata socialista apontou que há lugar e necessidade de Portugal ser um país de acolhimento, que deve ser feito “com qualidade e com acesso a tudo aquilo que são os direitos que existem ao nível do nosso Estado social”.
“Nós não temos das migrações uma ideia irrealista. Nós temos é um compromisso prático, pragmático, com aquilo que é uma visão humanista das migrações”, sintetizou.
Marta Temido entende que há lugar e necessidade de Portugal ser um país de acolhimento, mas defende que deve ser feito “com qualidade e com acesso a tudo aquilo que são os direitos que existem ao nível do nosso Estado social”.
Respostas concretas para a habitação
Numa sessão em que esteve ao lado do Secretário-Geral da JS, Miguel Costa Matos, e dos jovens candidatos socialistas Bruno Gonçalves, Inês João Rodrigues e Francisco Themudo, a número um da lista do PS defendeu ainda a necessidade de uma clareza de resposta europeia para o problema da habitação.
“As casas não se constroem apenas com respostas proclamatórias e com a inscrição do direito à habitação na carta dos direitos fundamentais. Claro que isso é relevante. Não deixamos de achar curioso que a AD e o PPE há algum tempo atrás não tenha ido nesse sentido, quando esta discussão teve lugar no Parlamento Europeu”, apontou.
A cabeça de lista do PS entende que são precisas respostas concretas.
“Demos respostas concretas em termos de PPR [Plano de Recuperação e Resiliência], mas o PPR acaba em 2026. A pergunta que gostaria de deixar é: Qual é a solução concreta que a AD tem para a necessidade de construir mais casas, mais habitação publica”, questiona.
Marta Temido sublinha que o único partido, a única força política que tem uma resposta concreta para este problema é o PS.
“A nossa família política é a única que tem uma resposta concreta para habitação acessível em termos europeus. Portanto, por um lado proclamações, do outro soluções”, concluiu.