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Marta Temido defende necessidade da Europa preparar respostas para novas emergências sanitárias

Marta Temido defende necessidade da Europa preparar respostas para novas emergências sanitárias

Com as crises sanitárias a acontecerem com mais frequência, em consequência das alterações climáticas que também se vão intensificando em todo o mundo, Marta Temido defendeu, esta manhã, ser necessário recentrar atenções nas questões da saúde, nomeadamente no reforço da preparação de instituições, recursos humanos e financeiros, bem como da população em geral, para enfrentar e gerir novas situações emergentes.

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“Depois da Pandemia Covid-19 surgiu uma outra crise com a eclosão da guerra na Ucrânia e desviamos um pouco a nossa atenção das questões da saúde”, referiu a cabeça de lista do PS às eleições europeias, hoje, no Porto, na visita que realizou ao Instituto da Saúde Pública da Universidade portuense.

Na ocasião, Marta Temido lembrou que foi sob governação socialista que o dossiê de uma União Europeia da Saúde foi colocado encima da mesa, desde logo na sequência de uma inesperada situação pandémica.

“Todavia, percebemos muito rapidamente que os portugueses e os europeus têm uma expetativa que vai além da UE no que diz respeito à resposta às crises e às emergências públicas”, recordou a ex-governante, considerando que, naquela altura como agora, há uma “necessidade evidente de definir estratégias e abordagens específicas” a cada contexto nacional, sustentando, por isso, que “não podemos desistir da sua preparação”.

“Precisamos de voltar aos temas do reforço da capacidade da preparação para dar resposta a emergências sanitárias”, reiterou Marta Temido, sublinhando que as emergências de saúde pública irão acontecer “cada vez com mais frequência, com tudo o que são os impactos ambientais, que vão também ocorrendo com maior intensidade à escala global”.

Perante tudo isto, insistiu, “é urgente estarmos preparados”, referindo-se de seguida a outra dimensão da saúde na qual é imperioso trabalhar.

“Importa definirmos medidas para permitir um acesso mais facilitado das populações à área de saúde mental”, resumiu.

Criação da AIMA foi absolutamente necessária

Nesta deslocação de Marta Temido ao Porto, que aconteceu no âmbito da Semana Europeia da Saúde Pública, houve ainda lugar a questões sobre atualidade nacional, nomeadamente as que se prendem com gestão e política migratórias.

Inquirida sobre a grande concentração de cidadãos estrangeiros, esta manhã, frente à sede da Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA), Marta Temido considerou ser esta uma situação que deve ser resolvida com celeridade, lembrando, porém, que a instituição em causa está em funcionamento há menos de um ano e que desde a sua criação enfrenta uma significativa pressão desde o começo.

“É, infelizmente, uma situação que é preciso debelar rapidamente. Acho que é esse o compromisso da AIMA”, afirmou.

A cabeça de lista do PS às eleições europeias, que se realizam a 9 de junho, lembrou igualmente que “a AIMA prevê responder com regularidade aos pedidos pendentes até ao final do ano e que está a trabalhar para desbloquear um conjunto de procedimentos que permitam agir mais rapidamente, com mais qualidade e de uma forma mais integrada perante a procura de documentação de um conjunto de cidadãos”.

Questionada sobre se a extinção do SEF foi positiva, Marta Temido indicou tratar-se de uma mudança absolutamente necessária e que, se ainda existisse, o serviço estaria a ter os mesmos problemas da AIMA, “não haja dúvidas sobre isso”.

Por outro lado, explicou que a AIMA “tem uma missão clara” e que a lógica da criação desta agência visou corresponder à “necessidade de separar duas funções, uma função de controlo de fronteiras e uma função de resposta à documentação e à integração de pessoas”.

Abordagem humanista e realista das migrações

Em matéria de políticas europeias de imigração, a candidata do PS ao Parlamento Europeu assinalou também que aquilo que se passa noutros países é “bem mais complexo” do que aquilo que se passa em Portugal, porque a “pressão é muitíssimo maior”.

“Em vez de filas à porta de serviços públicos, alguns países têm campos onde as pessoas são colocadas e resgates no Mar Mediterrâneo”, apontou, admitindo que o desafio que os países enfrentam é grande.

“Mas não é com muros, como algumas forças políticas propõem, que estas questões se vão resolver”, alertou Marta Temido, garantindo não ser essa a abordagem preconizada pelo PS, que, concluiu, não é a de entrada desenfreada na União Europeia, como alguns países defendem, mas sim “uma abordagem humanista e realista”.

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