Mário Centeno sublinha que este é um orçamento de esquerda
equilíbrio, estabilidade, economia, empresas, emprego e esquerda.
Mário Centeno esteve na sede nacional do Partido Socialista a apresentar as linhas gerais do documento aos militantes e simpatizantes do PS, no âmbito da iniciativa Governo Presta Contas, e aproveitou para esclarecer que, neste Orçamento “são melhoradas todas as prestações sociais (abono de família, complemento solidário para idosos, rendimento social de inclusão, apoios à paternidade e maternidade), olhamos para a dimensão social da política do Estado de forma muito séria.”
O titular da pasta das Finanças deu também nota de que o Orçamento contempla a conclusão do processo de descongelamento das carreiras na administração pública, investindo “quer ao nível do emprego – sinalizando as carências -, quer ao nível das remunerações”. “Temos neste Orçamento a terceira fase do descongelamento das carreiras que estiveram congeladas 11 anos, um esforço financeiro gigantesco, sendo que, em 2016, poucos achavam possível levar esse processo até ao fim”, explicou o ministro. Mário Centeno recusou também a ideia de entrar em “aventureirismos”: “este Orçamento é responsável porque não dá nenhum passo maior do que a perna. O Governo do PS não promete aquilo que não pode cumprir. Ambição e desejo todos temos muito, mas temos de saber como podemos e o que podemos fazer”, concluiu.
Em termos estratégicos, Centeno destacou o reforço do investimento público, procurando manter o atual ritmo de crescimento nos próximos anos, permitindo que, “no espaço de sete anos, Portugal quase duplique o valor do investimento público. O Orçamento do Estado para 2020 dá continuidade aos importantíssimos investimentos infraestruturais cujos concursos estão lançados.” Além disso, esta proposta de Orçamento “projeta o futuro de Portugal, também porque conserva a trajetória da dívida pública a cair”, acrescentou. O ministro das Finanças destacou ainda o maior reforço de verbas de sempre para o SNS.
Para José Luís Carneiro, Secretário-geral adjunto do PS, que abriu a sessão, “o Orçamento reduz o défice, faz investimento público seletivo e corresponde aos objetivos de reforma do Estado”, razão pela qual se declarou “convencido de que o PSD votaria a favor” do documento. Depois de se afirmar convicto de que “Rui Rio põe sempre em primeiro lugar o país e depois o partido”, José Luís Carneiro lamentou a posição do PSD, explicando que “só posso concluir que, afinal, para Rui Rio, em primeiro lugar esteve o seu partido e as questões internas que enfrenta, e só depois colocou o país.”
No âmbito da iniciativa “Governo Presta Contas”, que está a decorrer na sede do PS, em Lisboa, com a apresentação do OE2020 aos militantes, a ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha apresentado as linhas gerais de reforço do investimento na saúde, em dezembro.