Manuel Heitor defende partilha de riscos entre universidades e empresas
Com vista a transformar Portugal num “centro de emprego qualificado”, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior desafiou empresas e universidades a criarem “laboratórios colaborativos” e fazer uma partilha dos riscos.
À margem de um evento integrado na Semana de Economia da InvestBraga e dedicado ao tema “Software de Braga para o Mundo”, Manuel Heitor sustentou que o país precisa de ser um “centro de trabalho quer em emprego científico, quer em emprego qualificado (…) e isso implica que as empresas e o Ensino Superior criem arranjos colaborativos, para partilharem o risco”.
Segundo o governante, não é possível manter os esquemas de emprego do passado e as empresas “não se podem limitar” a pedir às universidades que formem pessoas.
Reconheceu igualmente a importância de formar mais trabalhadores, mas destacou que essa formação deve ser especializada e que para isso é necessário diversificar o ensino superior.
Neste sentido, Manuel Heitor deixou um apelo e um aviso às empresas e universidades, referindo que é cada vez mais urgente “dar melhores condições de emprego a todas as pessoas”.
“As empresas não podem limitar-se a dizer [às universidades] que formem, têm que se associar ao sistema de Ensino Superior, coresponsabilizando-se por isso”, afirmou, insistindo que a solução passa por “um esforço coletivo.
Quanto à formação de trabalhadores, o governante reforçou a ideia de que deve ser especializada.
“Por um lado, temos que formar mais pessoas. Por outro lado, temos que especializar mais a força laboral. Por outro lado ainda, temos que aceder a novos conhecimentos e isto passa por abrir o sistema de ensino, diversificar”, resumiu Manuel Heitor, para de seguida concluir que é preciso ter politécnicos mais fortes, muito diversificados em relação às universidades, a par de um esquema de especialização profissional também mais forte.
Deixe um comentário